A Terra tem hoje um pouco mais de 6 bilhões de almas, envergando o corpo carnal. Sua população geral, conforme os "censos" do Mais Alto, chega à faixa de 30 bilhões de criaturas atraídas pelo magnetismo e lutas do planeta.
Do contingente geral, temos 20% dos habitantes reencarnados. O que possibilita pensar em quatro almas de cá para cada uma na vida física.
Através de controles bem mais elaborados e sem margens de falhas, as equipes de celestes sociólogos, que orientam os destinos dos continentes, destacam que 4 bilhões desses seis bilhões reencarnados são almas doentes que purgam dolorosos processos de reeducação. Os outros 2 bilhões são corações na busca ostensiva de sua recuperação, entre os quais, pouquíssimas vezes, encontramos os chamados "missionários coletivos", ou "encarregados de outorgas específicas" que venham a corroborar com o planejamento do progresso e bem-estar social.
Algo muito similar sucede-se com os outros 24 bilhões da população terrena na erraticidade. Temos 12 bilhões d desencarnados em patamares de luta e sofrimento, 6 bilhões de almas medianas que já cooperam eficazmente na tarefa regenerativa de outros, e mais 6 bilhões de condutores elevados, entre os quais se encontram os "avatares" que velam pelo grande plano do Cristo, para o orbe, missionários, guias espirituais, avalizadores, espíritos superiores, auxiliares galácticos. A maioria deles liberados da reencarnação ou ainda inúmeros homens e mulheres comuns, que venceram as provas expiatórias no suceder das reencarnações.
Algumas inferências tornam-se necessárias para que possamos apresentar propostas de serviço e cooperação inadiáveis aos amigos no corpo. Somando-se à aglomeração de seres em franca condição de dor e doença, temos um total de 16 bilhões, em ambos os planos de vida, distribuídos em 4 bilhões no corpo e mais 12 bilhões nas regiões de pavor e desequilíbrio de nosso plano. Uma média de três almas em crise para cada uma em tormenta na vida física, totalizando um pouco mais de 50% da população geral do orbe.
Desses 16 bilhões encontramos 4 bilhões de almas, apesar de enfermas, em franca busca do bem. Outros 4 bilhões são criaturas perversas que deliberadamente agem no mal. Os 8 bilhões restantes se encontram em postura de indiferença ou indecisão, com fortes apelos para a apatia e o desânimo. Essa faixa de 12 bilhões de enfermos traz em comum a falta de idealismo superior e o apego às questões materiais, dois traços que se distribuem de conformidade com a individualidade, seus pendores, seus valores e sua cultura. E daqueles 4 bilhões de irmãos nossos que gerenciam o mal através da perversidade, temos hoje nada menos que um bilhão deles em plena sociedade terrena, destilando o fel da cultura nociva e da atitude insana, enquanto outros 3 bilhões ainda guardam os postos mais elevados nas "ordenações infernais" junto às esferas extrafísicas.
Imaginem uma casa terrena com cinco membros na família e considerem que, no mínimo, mais vinte entidades ali transitam quase que diuturnamente. O critério que define essas aproximações são variados e multifacetados, criando as mais infinitas formas de interação e convivência.
Tomando por base a colocação de O Livro dos Médiuns, item 232, temos:
Consideremos agora o estado moral do nosso planeta e compreenderemos de que gênero devem ser os que predominam entre os espíritos errantes. Se tomarmos cada povo em particular, poderemos, pelo caráter dominante dos habitantes, pelas suas preocupações, seus sentimentos mais ou menos morais e humanitários, dizer de que ordem são os espíritos que de preferência se reúnem no seio dele.
Fonte: trecho do cap. 3 do livro LÍRIOS DE ESPERANÇA, de Ermance Dufaux