segunda-feira, 30 de abril de 2012

CONFIANÇA E FÉ




Tocou então os olhos deles, dizendo: Seja-vos
feito segundo a vossa fé. – MATEUS, 9:29

CONFIE E TRABALHE INCANSAVELMENTE PELA solução de seus problemas.
Nas lutas da rotina nunca faltará apoio, se você conseguir estender o fio da confiança em direção aos planos superiores da vida. De lá, receberá as mais nutritivas vibrações de paz, que te fortalecerão para continuar.
Quem não cultiva a confiança enfraquece a esperança. E esperança significa espera por meio da ação.
Quem confia age incessantemente. Confiar quer dizer fiar com.
Quem confia tece seus dias no clima da vontade sábia e construtiva, e prossegue adiante com uma única, fundamental e transformadora certeza: a de que somente trabalhando a vida se renovará.
A confiança, sem dúvida, é o caminho que nasce dentro de você por seu esforço pessoal. É por ele que a fé virá ao seu encontro, abençoando seus dias com mais paz, alegria e motivação para seguir avante.
Com a fé, seus olhos se abrirão para a riqueza do otimismo, que permitirá a você contemplar as paisagens embelezadoras da vida em toda a parte, sob o toque curativo de Jesus em seu modo de olhar a vida.

FONTE: do livro, LIÇÕES PARA O AUTOAMOR, pelo Espírito Ermance Dufaux, pelo médium Wanderley Oliveira.

domingo, 29 de abril de 2012

PRIVAÇÕES




O homem deve esforçar-se por viver bem, preservar-se da dor e ser feliz.
Constitui um imperativo da lei de conservação que ele busque se furtar a experiências dolorosas.
Entretanto, nem todos os sonhos e desejos humanos se realizam.
No contexto de uma única existência, sempre há certas dificuldades incontornáveis.
Algumas pessoas possuem marcante fragilidade física.
Desde a infância, ou a partir de dado momento, vivem a braços com dores e enfermidades.
Já outras não conseguem sucesso profissional ou tranquilidade financeira.
Há também as que não se realizam afetivamente.
Também são comuns os casos de importantes inibições.
Há quem não consiga falar em público, tomado de profunda timidez.
Ou então apresenta bloqueios e dificuldades sexuais.
Por certo, tudo isso constitui desafios.
Sendo possível, a superação deve ocorrer.
Mas tal nem sempre acontece e a situação desconfortável acompanha a criatura por longo tempo, talvez por toda a sua vida.
Nesse contexto, é importante não se amargurar e nem se revoltar com a Providência Divina.
Há muito tempo, Jesus formulou interessantes reflexões a respeito de determinadas privações na vida humana.
Ele asseverou que se a mão, o pé ou o olho de alguém é motivo de escândalo, mais vale extirpá-lo do que se perder.
É importante transcender a imagem literal para alcançar os possíveis sentidos dessa contundente afirmação.
A ênfase parece residir na priorização dos objetivos eternos, mesmo que à custa de alguns sacrifícios passageiros.
Ora, o Espírito anima incontáveis corpos físicos em sua jornada pela eternidade.
É um viajor do infinito, na busca da perfeição.
Mas, por vezes, utiliza mal alguns recursos que lhe vêm às mãos.
Chega a se viciar em determinados equívocos.
Por exemplo, ao contato com a riqueza torna-se arrogante e egoísta.
Acha-se superior aos pobres e não lhes estende as mãos.
Ou então gasta sua saúde em loucuras.
Afeiçoa-se ao hábito de noitadas, come e bebe demais.
Ao vivenciar a prova da beleza física, seduz e infelicita os semelhantes.
Ocorre que, ao retornar ao mundo espiritual, vê-se miseravelmente infeliz.
Compreende que utilizou muito mal os talentos e os meios que recebeu.
Então, a fim de aprender a valorizá-los, programa uma nova existência na qual será privado do que malbaratou no passado.
Assim, o que hoje falta, possivelmente, já foi mal utilizado no pretérito.
A privação atual constitui um tratamento espiritual, um processo educativo e não uma injustiça.
Pense nisso.


FONTE: Redação do Momento Espírita.


sábado, 28 de abril de 2012

PIPAS AO VENTO




             Você já viu pipa voar a favor do vento?


             Claro que não. Por mais frágil que seja, de papel de seda e taquara, nenhuma se dá ao exercício fácil de voar levada suavemente pelas mãos de alguma corrente. Nunca. Elas metem a cara, vão em frente.

             Têm dessa vaidade de abrir mão da brisa e preferir a tempestade. Como se crescer e subir fosse descobrir em cada vento contrário uma oportunidade.
             Como se viver e brilhar fosse ter a sabedoria de ver uma lição em cada dificuldade.
             No fundo, todo mundo deveria aprender na escola a empinar pipas. Para entender, desde cedo, que Deus só lhes dá um céu imenso porque têm condições de alcançá-lo.

             Assim como nos dá sonhos, projetos e desejos, quando possuímos os meios de realizá-los. A pipa, também chamada papagaio de papel, pandorga ou raia, é um brinquedo que voa, baseado na oposição entre a força do vento e a força da corda segurada pelo operador.
            Ela tem no vento o seu aliado, mesmo quando ele sopra em direção oposta. A pipa precisa do vento contrário para manter-se lá em cima.
            Assim são as lutas da vida, companheiras que, tantas vezes, julgamos indesejáveis, que aparentam estar nos puxando para baixo e nos atrapalhando o caminho, quando na verdade, estão nos impulsionando para frente.

            Os problemas encontrados na nossa caminhada nos mostram que chegou o momento de lutar ou, caso contrário, não encontraremos as soluções desejadas.
           Não tenhamos a ilusão de que alcançaremos a felicidade futura sem esforço. As dificuldades fazem parte do processo de evolução de todos nós.
           Problemas de saúde, na família, desentendimentos, desequilíbrios financeiros são mecanismos que as Leis de Deus nos oferecem para estimular-nos ao avanço.
           Às vezes, as pequenas aflições encontradas no presente poderão servir de experiência para enfrentarmos uma grande adversidade que nos aguarda no tempo futuro.
           Toda a vida é um processo contínuo de ação.
A luta é um desafio abençoado que a lei do progresso nos impõe.
           Lutamos contra as nossas imperfeições, pela aquisição de valores morais elevados, por nos superarmos a cada dia no campo moral, ético, físico e intelectual.
           Há lutas para defender os fracos, lutas contra preconceitos de diversos tipos, lutas pela paz, lutas para vencermos todos os problemas que nos afligem.
          Sejamos como as pipas, que usam a adversidade para subir às alturas. Saibamos usar essas dificuldades para nos elevar e crescer na direção de Deus.
          E que o nosso objetivo seja alcançar um céu de felicidade plena.
          É necessário lutar em paz, alegremente, sabendo que os Bons Espíritos estarão lutando ao nosso lado em nome do lutador incessante que é Jesus, que até hoje não descansa nem desanima, embora permanecendo conosco.
          Lutemos, pois, com entusiasmo, renovando as nossas energias, antes que as exaurindo, para que, longos, profícuos e abençoados sejam os nossos dias na face da Terra, quando terminar a nossa oportunidade de serviço e luta.

FONTE: Redação do Momento Espírita, com base em texto de José Oliva, publicado no site Caixinhas de Atitude e no cap. 8, do livro Desperte e seja feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco, ed. Leal. Do site: http://www.momento.com.br/

sexta-feira, 27 de abril de 2012

PARA SUPERAR A ROTINA


"(...) se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz."
Mateus,6:22

     De fato, a vida exterior exige disciplina e ordem nas linhas da repetição. Você pode, porém, a cada dia, usar da criatividade e renovar suas formas de agir.
          Naquilo que puder, altere a sua conduta e verá respostas de seus sentimentos. Aprenda a desenvolver um olhar diferente e toda sua vida refletirá a luz de sua visão ampliada.
          Um trajeto novo, um horário diferente, uma pausa para meditar, uma leitura relaxante, uma conversa diferente, um lugar menos comum, uma atitude inesperada, um vestuário fora de hábito, uma visita adiada.
          As reações serão sentidas no dinamismo diário por meio de constantes mudanças no fundo do coração.
          Quem não inicia o rompimento com a rotina por fora, encontrará maior soma de obstáculos para transpô-la por dentro.
          Experimente e verá que a mudança íntima solicita também apoio dos estímulos na formação de sua percepção.
          Seus olhos, seu instrumento de ascenção. Sua visão, sua vida.

FONTE: do livro RECEITAS PARA A ALMA, pelo Espírito Ermance Dufaux, pelo médium Wanderley Oliveira, Editora Dufaux, 2009.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

terça-feira, 24 de abril de 2012

AFETIVIDADE CONFLITIVA



A busca da afetividade constitui-se em uma necessidade de intercâmbio e de relacionamento entre as criaturas humanas ainda imaturas. Acreditam, aqueles que assim procedem, que somente através de outrem é possível experimentar a afeição, recebendo-a e doando-a.

Como decorrência, as pessoas que se sentem solitárias, atormentam-se na incessante inquietação de que somente sentirão segurança e paz, quando encontrarem outrem que se lhe constitua suporte afetivo. Nesse conceito, encontra-se um grande equívoco, qual seja esperar de outra pessoa a emoção que lhe constitua completude, significando autorrealização.

Um solitário, quando se apóia em outro indivíduo, que também tem necessidade afetiva, forma uma dupla de buscadores a sós, esperando aquilo que não sabem ou não desejam oferecer. É claro que esse relacionamento está fadado ao desastre, à separação, em face de se encontrarem ambos distantes um do outro emocionalmente, cada qual pensando em si mesmo, apesar da proximidade física.

Faz-se imprescindível desenvolver a capacidade de amar, porque o amor também é aprendido. Ele se encontra ínsito no ser como decorrência da afeição divina, no entanto, não poucas vezes adormecido ou não identificado, que deve ser trabalhado mediante experiências de fraternidade, de respeito e de amizade.

Partindo-se de pequenas conquistas emocionais e de júbilos de significado singelo, desenvolve-se mediante a arte de servir e de ajudar, criando liames que se estreitam e se ampliam no sentimento. Estreitam-se, pelo fato de se aprender união com outrem e ampliam-se mediante a capacidade de entendimento dos limites do outro, sem exigências descabidas nem largas ao instinto perturbador de posse, nas suas tentativas de submissão alheia...

Resultante de muitos conflitos que aturdem o equilíbrio emocional, esses indivíduos insatisfeitos, que se acostumaram às bengalas e às fugas psicológicas, pensam que através da afetividade que recebam lograrão o preenchimento do vazio existencial, como se fosse uma fórmula miraculosa para lhe solucionar as inquietações.

Os conflitos devem ser enfrentados nos seus respectivos campos de expressão e nunca mediante o mascaramento das suas exigências, transferindo-se de apresentação. Os fatores psicológicos geradores dessas embaraçosas situações são muito complexos e necessitam de terapêuticas cuidadosas, de modo que possam ser diluídos com equilíbrio, cedendo lugar a emoções harmônicas propiciadoras de bem-estar.

A afetividade desempenha importante labor, qual seja o desenvolver da faculdade de amar com lucidez, ampliando o entendimento em torno dos significados existenciais que se convertem em motivações para o crescimento intelecto-moral.

Quando se busca o amor, possivelmente não será encontrando em pessoas, lugares ou situações que pareçam propiciatórias. É indispensável descobri-lo em si mesmo, de modo a ampliá-lo no rumo das demais pessoas.

Qual uma chama débil que se agiganta estimulada por combustível próprio, o amor é vitalizado pelo sentimento de generosidade e nunca de egoísmo que espera sempre o benefício antes de proporcionar alegria a outrem.

A predominância do egoísmo tolda-lhe a visão saudável do sentimento de afetividade e impõe-lhe exigências descabidas que, invariavelmente, o tornam vítima das circunstâncias. Em tal condição, sentindo a impossibilidade de amar ou de ser amado, procura, aflito, despertar o sentimento de compaixão, apoiando-se na piedade injustificada.

Se experimentas solidão no teu dia-a-dia, faze uma análise cuidadosa da tua conduta em relação ao teu próximo, procurando entender o porquê da situação. Sê sincero contigo mesmo, realizando um exame de consciência a respeito da maneira como te comportas com os amigos, com aqueles que se te acercam e tentam convivência fraternal contigo.

Se és do tipo que espera perfeição nos outros, é natural que estejas sempre decepcionado, ao constatares as dificuldades alheias, olvidando porém que também és assim. Se esperas que os outros sejam generosos e fiéis no relacionamento para contigo, estuda as tuas reações e comportamentos diante deles.

A bênção da vida é o ensejo edificante de refazimento de experiências e de conquistas de patamares mais elevados, algumas vezes com sacrifício... Não te atormentes, portanto, se escasseiam nas paisagens dos teus sentimentos as compensações do afeto e da amizade.

Observa em derredor e verás outros corações em carência, à tua semelhança, que necessitam de oportunidade afetiva, de bondade fraternal. Exercita com eles o intercâmbio fraterno, sem exigências, não lhes transferindo as inseguranças e fragilidades que te sejam habituais.

É muito fácil desenvolver o sentimento de solidariedade, de companheirismo, bastando que ofereças com naturalidade aquilo que gostarias de receber. A princípio, apresenta-se um tanto embaraçoso ou desconcertante, mas o poder da bondade é tão grande, que logo se fazem superados os aparentes obstáculos e, à semelhança de débil planta que rompe o solo grosseiro atraída pela luz, desenvolve-se e torna-se produtiva conforme a sua espécie...

Observa com cuidado e verás a multidão aturdida, agressiva, estremunhada, que te parece antipática e infeliz. Em realidade, é constituída de pessoas como tu mesmo, fugindo para lugar nenhum, sem coragem para o autoenfrentamento.

Contribui, jovialmente, quanto e como possas, para atenuar algum infortúnio ou diminuir qualquer tipo de sofrimento que registres. Esse comportamento te facultará muito bem e, quanto menos esperes, estarás enriquecido pela afetividade que doas e pela alegria em fazê-lo.

Ninguém pode viver com alegria sem experienciar a afetividade. A afetividade é mensagem de amor de Deus, estimulando as vidas ao crescimento e à sublimação. A afetividade deve ser distendida a todos os seres, aos vegetais, animais, seres humanos, ampliando-a por toda a Natureza.

Quando se ama, instalam-se a beleza e a alegria de viver. A saúde integral, sem dúvida, é defluente da harmonia do sentimento pelo amor com as conquistas culturais que levam à realização pessoal, trabalhando pelo equilíbrio e funcionamento existencial.

Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco








segunda-feira, 23 de abril de 2012

SEGUE-ME TU


“Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu
venha, que te importa a ti? Segue-me tu.”
(JOÃO, 21: 22)

   Nas comunidades de trabalho cristão, muitas vezes observamos companheiros altamente preocupados com a tarefa conferida a outros irmãos de luta.
          É justo examinar, entretanto, como se elevaria o mundo se cada homem cuidasse de sua parte, nos deveres comuns, com perfeição e sinceridade.
          Algum de nossos amigos foi convocado para obrigações diferentes?
          Confortemo-lo com a legítima compreensão.
          Às vezes, surge um deles, modificado ao nosso olhar. Há cooperadores que o acusam. Muitos o consideram portador de perigosas tentações. Movimentam-se comentários e julgamentos à pressa. Quem penetrará, porém, o campo das causas? Estaríamos na elevada condição daquele que pode analisar um acontecimento, através de todos os ângulos? Talvez o que pareça queda ou defecção pode constituir novas resoluções de Jesus, relativamente à redenção do amigo que parece agora distante.
          O Bom Pastor permanece vigilante. Prometeu que das ovelhas que o Pai lhe confiou nenhuma se perderá.
          Convém, desse modo, atendermos com perfeição aos deveres que nos foram deferidos. Cada qual necessita conhecer as obrigações que lhe são próprias.
          Nesse padrão de conhecimento e atitude, há sempre muito trabalho nobre a realizar.
          Se um irmão parece desviado aos teus olhos mortais, faze o possível por ouvir as palavras de Jesus ao pescador de Cafarnaum: “Que te importa a ti? Segue-me tu.”

FONTE: do livro CAMINHO, VERDADE E VIDA, pelo Espírito Emmanuel, pelo médium Francisco Cândido Xavier, Editora FEB.

domingo, 22 de abril de 2012

COMEÇO DE TUDO

     Em 1857, no dia 18 de abril, Allan Kardec publicou a primeira edição de O Livro dos Espíritos: obra que deu origem à Doutrina Espírita. A obra tinha 500 perguntas e respostas e, na segunda edição, 1019 questões.
          A grande entrevista com os Espíritos é dividida em quatro partes: Causas Primeiras; Mundo Espírita ou dos Espíritos; Leis Morais eEsperanças; e Consolações.
          Outra obra da Codificação também nasceu em abril, no dia 20 de 1864: a Imitação do Evangelho. Você nunca ouviu falar? Não se assuste. Este foi o primeiro título de O Evangelho Segundo o Espiritismo. "Mais tarde, por força das observações reiteradas do Sr. Didier (editor de Kardec) e de outras pessoas, mudei-o para Evangelho Segundo o Espiritismo", explicou Kardec. Profundamente ligado à terceira parte de O Livro dos Espíritos, o Evangelho explica as parábolas de Jesus, acrescida da instrução dos Espíritos em cada capítulo.

Fonte: revista UNIVERSO ESPÍRITA, edição 40, 2007, editora Universo Espírita.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

GALHO VERDE


“... A partir do nascimento, suas idéias retomam gradualmente
impulso, à medida que se desenvolvem os órgãos...”
“... Durante o tempo em que seus instintos dormitam, ele é mais
flexível e, por isso mesmo, mais acessível às impressões que podem
modificar sua natureza e fazê-lo progredir...”
(Capítulo 8, item 4.)

     Quando crianças, somos como uma “argila frágil” ou mesmo como um galho verde prontos para ser modelados ou direcionados pelos nossos pais, que têm por missão desenvolver nossos potenciais como uma de suas principais tarefas. Grande parte de nossas percepções e reações emocionais foram internalizadas em razão da influência dos adultos à nossa volta.         
          Desde o nascimento, somos todos extremamente sensíveis ao ambiente em que vivemos; por isso, os adultos devem meditar sobre as posturas que irão tomar em relação às crianças, pois terão grave importância em seu desenvolvimento futuro.
          Determinados atos no ambiente familiar podem “melhorar” e “desenvolver”, ou “deteriorar” e “inibir” a organização psicoespiritual da personalidade infantil. Um ponto básico para compreensão e aceitação dos conceitos de educação em profundidade é o fato de que as crianças, no início de seu desenvolvimento, são “forçadas” a aceitar as regras dos pais, que se esquecem de que os filhos não são “livros em branco”, mas almas antigas que
carregam consigo enorme bagagem de experiências em seu “curriculum” espiritual.
          Cada criança é um mundo à parte. Embora existam necessidades generalizadas para todas, também a individualidade de cada uma deve ser respeitada, pois os filhos, mesmo de uma só família, são diferentes entre si, inclusive os gêmeos umvitelinos.
          Impraticável tentar vestir mãos diferentes com a mesma luva ou enquadrar todas as crianças em igual padrão educativo. Não se podem determinar modelos, receitas e atitudes absolutamente fixas e rígidas.
         Aceita-se com flexibilidade que cada criança terá sua importância à medida que desenvolve sua personalidade.
         Todas as crianças gostam e necessitam de correr, de brincai; de estudar, de comer e de ser educadas convenientemente, mas cada uma terá características peculiares e não poderá correr, brincar, estudar e comer como as outras, nos mesmos moldes ou figurinos.
         Um outro ponto importante é que, em muitas circunstâncias, as reações educativas dos pais não atendem basicamente às necessidades dos filhos, porém às deles mesmos. Inconscientemente, tentam educá-los através das projeções de seus conflitos, frustrações e problemas pessoais, nunca atingindo uma dinâmica profunda e direcionada às reais necessidades dos filhos.
         Certos adultos vivem suas dificuldades interiores na vida da criança, tentando resolver seus problemas nos problemas infantis, sentindo-se destroçados ou vitoriosos conforme as derrotas e os triunfos dos filhos. O resultado disso tudo será uma pessoa atingindo a maioridade completamente desconectada de suas realidades e profundamente desorientada.
          Um fato a destacar é o sofrimento dos filhos em razão de constantes atitudes inibitórias provocadas por adultos que se comportam com excessivo controle e zelo. Impedem que as crianças expressem gestos e raciocínios espontâneos, bem como a sua forma de ser.
         Desencorajam-nas a promover suas idéias inatas, desestimulam-lhes as vocações naturais, alteram-lhes as atividades para as quais teriam toda uma habilidade instintiva e faculdades apropriadas e impedem o desenvolvimento de sua própria índole, prejudicando-as.
           Portanto, deveremos ser cuidadosos na análise de nossas influências paternais junto aos filhos, porque em “nome da missão” ou da “educação filial” não nos é licito forçar ou distorcer os “galhos verdes”, impondo-lhes opiniões e decisões e deixando de proporcionar-lhes gradativamente o hábito das próprias escolhas. Superprotegidos contra os erros, defendidos dos problemas e dificuldades, vemo-los crescendo à sombra dos pais, indecisos até sobre a mais simples opção, numa situação de dependência e apego que se prolonga, em muitos casos, durante toda a encarnação e também, por que não, nas futuras.
          “A partir do nascimento, suas idéias retomam gradualmente impulso, à medida que se desenvolvem os órgãos”, (1) e as crianças vão adquirindo uma maior possibilidade de se expressar como realmente são. A partir daí, devem ser educadas de forma coerente com seu caráter instintivo e traços de personalidade - fruto dos conhecimentos que adquiriram nas existências anteriores.
          Nunca porém nos padrões da coerção, da exigência, da comparação, da crítica constante ou da superproteção - fatores de insegurança e de desajustes psicológicos profundos.
          Pais generosos, de espírito totalmente isento de crítica destrutiva, aproximam-se das crianças com o objetivo real de lapidá-las num clima constante de muito amor e compreensão, jamais se esquecendo de que elas não são suas, mas “almas eternas” em estágio temporário no recinto de nosso lar.
          São criaturas de Deus a caminho da luz.

FONTE: do livro RENOVANDO ATITUDES, pelo Espírito Hammed, pelo médium Francisco do Espírito Santo Neto.

domingo, 8 de abril de 2012

NOSSOS TALENTOS


     Quais são os nossos talentos?
          Esta pergunta é algo que vale a pena fazermos para nós mesmos.
          Há quem diga que não os tem, que não consiga fazer nada direito, que não tem nada para oferecer de bom.
          Há outros que imaginam que talento é algo para pessoas especiais, predestinadas. Que são poucos aqueles que efetivamente têm algum.
          Se analisarmos mais detidamente, conseguiremos perceber que todos nós, de alguma forma, temos talentos.
         Alguns têm inteligência privilegiada e, logo mostram seu talento na capacidade pensante, nos raciocínios lógicos, nas deduções brilhantes.
          Outros são talentosos no trato com as pessoas. Conseguem travar conversa agradável com quem quer que seja, apresentam sempre uma palavra amiga, um comentário feliz.
          Há outros que têm talento inegável na profissão que escolhem. Realizam-na com prazer e dedicação, produzem com esmero e qualidade, oferecendo sempre o melhor, o inusitado, o surpreendente.
         Mesmo em situações que muitos não dão a importância devida, há muito talento se expressando.
          A dona de casa, embora muitas vezes sem reconhecimento, é quem, com muito talento, administra o orçamento, planeja o cardápio, gerencia o asseio do lar. Isso, sem talento, seria sempre tarefa incompleta ou mal feita...
          Dispomos de potencialidades, capacidades que podemos utilizar como instrumentos de contribuição para a sociedade em que vivemos.
          Quantas histórias não escutamos sobre maestros, músicos, artistas que multiplicam seu talento em atividades sociais, comunitárias, ensinando a crianças e jovens as belezas de sua arte.
          Quantos não são os professores que, talentosos, sabem honrar seu ofício, indo além do dever profissional que lhes cabe, sendo mestres a conduzir mentes, a construir cidadãos, a forjar positivamente caracteres.
          Há, e não são poucos, executivos talentosos que, amealhando grandes somas graças à sua inegável capacidade de negócios, utilizam seu dinheiro para fazer o bem, produzir o bom e o belo, conscientes de que de nada valeria guardar em frios cofres o resultado monetário dessa sua potencialidade.
          Não importa em que ou quanto somos bons, quais os nossos talentos.
Sempre haverá a possibilidade de multiplicá-los, de fazê-los crescer e produzir frutos em benefício de tantos.

* * *

           Assim, ao percebermos os talentos de que dispomos, aproveitemo-los para que possam beneficiar o meio em que estivermos.
           Madre Tereza de Calcutá usou do seu talento de amar ao próximo para modificar as paisagens do planeta. Albert Einstein não poupou seu talento para que a Ciência ganhasse novos horizontes.
           Porém, se ainda não conseguimos acessar capacidades dessa magnitude, façamos aquilo que já nos cabe. Talvez não modifiquemos a história do mundo, nem consigamos deixar nosso nome marcado nos compêndios da ciência ou da arte.
           Mas valerá a pena se, com nosso talento, pudermos contribuir para que uma vida se faça melhor, que o dia de alguém se torne mais suave, ou que a estrada de algum outro possa ter, ao menos, uma flor a mais plantada, adornando o seu caminhar.

FONTE: Redação do Momento Espírita. Em 04.04.2012



sexta-feira, 6 de abril de 2012

segunda-feira, 2 de abril de 2012

MEDIUNIDADE


     Sem dúvida, mediunidade é importante, mas não mais importante que qualquer outra atribuição de serviço que nos tenha sido designada.
          A idéia do bem carece de mãos ativas e operosas para concretizar-se.
          O médium espírita deve priorizar a bondade, a faculdade de ser bom e não apenas a sua condição de instrumento entre os Dois Planos da Vida.
         Que o médium jamais se julgue dispensado, ele mesmo, de arregaçar as mangas e vivenciar a mensagem que flui por seu intermédio! O médium que apenas se faz intérprete do pensamento dos espíritos é comparável a mero tradutor de idiomas...
          A mediunidade que materializa as boas obras é a mais alta de todas as faculdades de que alguém possa se fazer portador. A árvore, consoante as palavras do Divino Mestre, se identifica pelos seus frutos...
         Mediunidade há, bela e frondosa, mas que, à semelhança da figueira da parábola, está sempre despojada de frutos; os que dela se aproximam, na esperança de algo colher, sempre se retiram decepcionados...

FONTE: do livro DOUTRINA VIVA, pelo Espírito Chico Xavier, pelo médium Carlos A. Baccelli.

ANIVERSÁRIO DO CHICO