Os companheiros fazem companhia.
Os amigos atraem companhia.
Os companheiros são afeto circunstancial.
Os amigos são circunstâncias para o afeto.
Os companheiros percebem as batalhas.
Os amigos são arrimo para a luta.
Os companheiros lamentam nossa dor.
Os amigos enxugam nossas lágrimas.
Os companheiros surgem e passam.
Os amigos deixam saudades.
Os companheiros esforçam-se por entreter melhores sentimentos na rotina dos relacionamentos.
Os amigos espargem, espontaneamente, amor na convivência.
Os companheiros são gentis e cordatos.
Os amigos são sinceros e caridosos.
Os companheiros trazem uma mensagem de alegria.
Os amigos são a mensagem de apoio e rota para a felicidade.
Os companheiros gostam.
Os amigos amam.
É certo que o limite entre os bons companheiros e os amigos é delicado e sutil.
Companheiros são os que partilham algumas vivências. Com os amigos construímos nossas vivências!
Temos companheiros que se elevam à condição de amizades valorosas; tanto um como outro são, na verdade, papéis da vida afetiva que guardam proporção e intensidade diversas na pluralidade das relações. Entretanto, um ponto singular demarca o limite entre ambos, deixando entrever quem, de fato, faz-se companheiro ou amigo nos destinos de cada dia: o amigo é aquele que nunca agasalha a dúvida; o companheiro, por sua postura de reserva que ainda não consegue superar, em muitos lances da convivência, ainda se permite tecer o manto da desconfiança, não sabendo até quando, ou quanto poderá acreditar no que pensamos, fazemos e sentimos. Já o amigo é inesgotável celeiro de fé, com extensas sobras de crença em nós, às quais devemos retribuir com fidelidade, apoio e respeito, sem resvalar para a conveniência ou a proximidade abusiva.
De fato, os companheiros acreditam em nós, todavia só os verdadeiros amigos nunca duvidam de nossas possibilidades e, para isso, estão sempre a ressaltar, incondicionalmente, a luz que existe em nós. São indulgentes, afáveis com nossas faltas e, se as apontam, é somente para nos ajudar a perceber como vencê-las.
Os companheiros também são indulgentes, mas os amigos carregam o dom de tocar nossas feridas e nos fazer sentir que podemos nos curar. Como assevera José, O Espírito protetor:
“A indulgência jamais se ocupa com os maus atos de outrem, a menos que seja para prestar um serviço; mas, mesmo neste caso, tem o cuidado de os atenuar tanto quanto possível.”
- O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. X, item 16.
Fonte: capítulo 2 do livro DIFERENÇAS NÃO SÃO DEFEITOS, pelo Espírito Ermance Dufaux, pelo médium Wanderley Oliveira, Editora Dufaux, 2011.
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