segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O ESPIRITISMO E AS PRÁTICAS EXTERIORES


Os fracassos religiosos, ao longo dos milênios, demonstram claramente o acerto da conduta espírita. As práticas exteriores nos cultos congelaram a fé, impedindo o raciocínio e a discussão mais ampla em torno das necessidades humanas, dando espaço à expansão do materialismo.
A única coisa que pode mudar a Sociedade, levando-a à paz e à justiça tão desejadas, é a sua ampla e irrestrita modificação moral, sua adesão ao bem e à fraternidade legítima. Enfim, só a conquista das virtudes ensinadas e vividas por Jesus poderá mudar definitivamente o cenário de dores e conflitos, produzindo a alegria e a felicidade que todos desejamos.
Somente em clima de simplicidade e pureza de intenções é que poderemos reverter o difícil quadro da atualidade dramática em que vivemos.
Não se pode ter simplicidade e pureza, indispensáveis à fé raciocinada, em cultos que exijam paramentos, roupas especiais, imagens, símbolos de qualquer natureza, rituais, incensos, etc., que funcionam como verdadeiras prisões mentais, como algemas que impedem a liberdade do espírito. São meras fantasias que nada, absolutamente nada acrescentam à evolução da alma.
A respeito do assunto, o eminente Allan Kardec, na questão 553 de O Livro dos Espíritos indagou aos benfeitores da Humanidade, recebendo a lúcida resposta:
“Todas as fórmulas são mera charlatanearia. Não há palavra sacramental nenhuma, nenhum sinal cabalístico ou talismã que tenha qualquer ação sobre os Espíritos, porquanto estes só são atraídos pelo pensamento e não pelas coisas materiais”.
Por outro lado, a Doutrina Espírita não tem a pretensão de converter ninguém. O seu objetivo único é o de esclarecer, aproximando a criatura do Criador, por meio da compreensão de suas leis e de sua aplicação, tornando-a obreira de sua própria felicidade.

Fonte: editorial do jornal MUNDO ESPÍRITAda Federação Espírita do Paraná, edição de janeiro de 2011.

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