terça-feira, 19 de abril de 2011

AFINIDADE E SINTONIA


De referência à problemática das doenças, a questão da sintonia psíquica é de relevância incontestável.
Fenômeno inconsciente que decorre dos hábitos mentais assumidos pelo indivíduo, deve ser examinado em profundidade, necessitando de acurado esforço, a fim de que abandone as baixas e densas faixas do abatimento e da viciação, ascendendo àquelas nas quais se haurem forças e estímulos para os cometimentos de sucesso.
Acomodado à posição de lamentável rebeldia interior, seja pelo acumpliciamento com Entidades perniciosas ou mediante a tácita aceitação dos velhos hábitos do personalismo dissolvente, o homem permanece por prazer e invigilância em sintonia com o mal.
Difluem dessas situações graves conúbios mentais, em processos de obsessão por parte de Espíritos ignorantes e pervertidos ou pela satisfação natural de permanecer em atitude doentia, sem o esforço que deve envidar para a libertação.
Em toda enfermidade existe sempre uma predisposição orgânica e psíquica, decorrente do pretérito espiritual ou da vivência atual, em cujo campo se instalam os fatores predisponentes ou propiciatórios a larga cópia de doenças, as mais complexas.
Conveniente, por isso, o cultivo do otimismo e a realização de trabalhos que desloquem a mente indisciplinada ou mal educada, induzindo-a a novos exercícios e hábitos de que decorrerão resultados diversos.
Afinas com o que sintonizas.
Estás com quem ou com o que preferes.
Cada ser nutre-se nos redutos mentais em que localiza as aspirações.
Em conseqüência, os que aspiram fluidos deletérios da irritação constante, da sistemática indiferença ou da prevenção contumaz perturbam-se, arrojando-se ao desequilíbrio ou intoxicam-se interiormente, dando origem e curso a distonias nervosas que culminam com a loucura ou as aberrações de outra natureza.
Enxameiam por toda parte aqueles que falam sobre o sofrimento e as doenças, dizendo-se desejosos de superá-los, vencê-los sem que, contudo, se imponham as condições exigíveis do esforço e da perseverança nos propósitos salutares que lhes são inusitados.
Preferem o retorno à situação primitiva e a fuga espetacular através da lamentação, ao combate profícuo, insistente, reagindo às forças infelizes, para sair das faixas vibratórias em que se detêm, de modo a granjearem os inapreciados valores da paz, da saúde, da harmonia.
Toda ascese decorre em clima de sacrifício.
A renovação exige esforço.
A liberdade propõe disciplina.
A ascensão às vibrações superiores impõe largo estipêndio mental, exigindo permanente sintonia com os pensamentos edificantes e as idéias que fecundam bênçãos.
A doença, como a saúde, resulta invariavelmente da posição interior de cada um.
Por essa razão, o Evangelho é constituído de convites imperativos à elevação íntima, à solidariedade, ao otimismo em cujas paisagens haurirás a felicidade que todos buscamos.
Afinamo-nos uns com os outros e intercambiamos conforme as preferências que exteriorizamos, mas que são o resultado do comportamento íntimo.
Qualquer que seja o preço da responsabilidade, por mais alto o ônus do sacrifício, estás destinado à felicidade e por lográ-la terás que investir todos os esforços, abandonando as faixas do erro e do crime em que te comprazes, a fim de alcançares os cumes da vitória sobre ti mesmo.

http://www.neim.org.br/arq/livros_psicografados/leis_morais_vida.pdf
Joanna de Ângelis - Livro: ‘Leis Morais da Vida’ - Divaldo P. Franco

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