Por Nelson José Wedderhoff
"O mundo é como é porque as pessoas são como são".
Esse pensamento do Espírito Leocádio José Correia nos chama atenção para algo que sabemos, mas que poucas vezes levamos em consideração nas nossa escolhas.
E ocasionalmente nos deparamos com situações que nos afetam negativamente, seja em função do preconceito, a competição, da exclusão, da violência, etc.
Entretanto estas situações são resultantes das ações individuais, que compõe a ação do grupo. Um exemplo recente é a inciativa de uma rede importante de televisão aberta, a qual passará a transmitir as lutas livres. Afinal, qual é o objetivo desta transmissão?
Precisamos realmente assistir a este tipo de conteúdo?
Qual será o impacto deste tipo de proposta na mentalidade das crianças e dos jovens?
Não corremos o risco de aumentar a violência no ambiente escolar ou social onde os jovens participam?
Mas existe uma outra pergunta ainda mais importante...
Porque passarão a transmitir as lutas? A resposta é: porque há público interessado. Ou seja, porque nós como sociedade ainda "consumimos" este tipo de produto, destrutivo para nós mesmos. Se não consumíssemos não seria transmitido.
Em muitos casos ainda não fazemos avaliação de longo prazo, buscando entender os desdobramentos possíveis de algumas ações. O bem estar social é uma obra de longo prazo, e está baseada em várias ações cotidianas como: alimentação saudável, pensamentos saudáveis, conduta ética, planejamento, informação, educação...
Desvios sociais não se corrigem de um dia para o outro. É necessário, cotidianamente, desetimular ações que não signifiquem na prática a construção de uma cultura de valorização da pessoa e de preservação da vida.
Nelson José Wedderhoff é Engenheiro Eletrônico; Professor Acadêmico na Faculdade Dr. José Leocádio Correia (FALEC); Coordenador de Grupos de Estudos Espíritas; e Conselheiro Editorial na revista SER Espírita.
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