domingo, 30 de novembro de 2008

QUALIDADE DE VIDA
Você já parou para observar suas atitudes?

A partir desse simples gesto, é possível conhecer sua essência
e empenhar-se em busca da melhoria pessoal

Felizmente, a cada dia, temos obtido melhor qualidade em tudo, de máquinas a alimentos. Apesar disso não significar, que esse espírito de melhoria esteja sempre presente, pelo menos essa idéia vem se instalando na sociedade. Pensando bem, a lei de evolução nos puxa e empurra sem cessar,e numa hora ou noutra, acordamos para a necessidade de qualificarmos melhor o que fazemos. É uma questão de zelo e de auto-valorização.
Essa melhoria começa dentro de cada pessoa que observe com atenção suas atitudes. Atos por obrigação diferem muito dos que nascem da conscientização. Após esse primeiro passo, um grande impulso renovador poderá nos tornar agentes dessa reconstrução espiritualizada que vem acontecendo na humanidade.
Pedir qualidade, então, é pedir que sejamos melhores do que somos, o que tem sua validade como estímulo ao crescimento, mas apresenta um sério questionamento: como ser realmente melhor, ou seja,
como ser melhor interiormente?
A resposta está em observar como pensamos, como reagimos, como somos intimamente.
Quais são os pensamentos que ficam só conosco? Sim, porque ao falar das características e sentimentos próprios, nem sempre conseguimos expor quem realmente somos, nem o que se passa lá dentro, n’alma.
Esse desconhecimento a respeito de nós mesmos é causado pela falta de auto-observação. A diferença entre o ser “interior” e o “exterior” é responsável por grande parte de nossa infelicidade, sobretudo, quando pensamentos e conceitos íntimos entram mecanicamente em ação e nos sabotam, exatamente nas situações em que precisaríamos mais confiança e segurança pessoal.
CERTIFICADO DE QUALIDADE
Como saber se esse é o seu caso?
Observar-se, sem críticas, sem julgamentos, sem medo de ver e sentir realmente como você pensa e sente, lá no fundo d’alma. E depois? Depois é ir substituindo medos por confiança em si e na vida, pensamentos negativados por positivados, preconceitos por aceitação – o que não precisa ser gostar, mas entender que é assim -, rigidez por flexibilidade, críticas por análises, lembrando que cada pessoa está numa situação evolutiva e só pode dar o que tem.
Enfim, adotar uma postura de eliminar, diluindo, os “pensamentos-pedras” que só geram desconforto, frustração e desânimo. Obviamente você saberá o que é preciso diluir. Com o passar do tempo, com o aumento da qualidade pessoal, perceberá outros conceitos embutidos em você que não são mais úteis e precisam ser substituídos por melhores. Porque é o que você pensa, lá dentro de si, que o leva, ou não leva, a ser de melhor qualidade.

CRISTINA HELENA SARRAF é educadora, palestrante e ministra cursos baseados nos Princípios do Espiritismo. Edita o jornal do Grupo Espírita de Iniciativas Doutrinárias, CEM, grupo fundado por ela há 24 anos (www.geocities.com/jornalcem)


919 Qual o meio prático mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir aos arrastamentos do mal?
– Um sábio da Antiguidade vos disse: “Conhece-te a ti mesmo”. (Sócrates)

919-a. Compreendemos toda a sabedoria desse ensinamento, mas a dificuldade está precisamente em conhecer-se a si mesmo.
Qual é o meio de conseguir isso?
– Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra: no fim de cada dia, interrogava minha consciência, passava em revista o que havia feito e me perguntava se não havia faltado ao cumprimento de algum dever, se ninguém teria tido motivo para que se queixar de mim. Foi assim que consegui me conhecer e ver em mim o que necessitava de reforma. (Santo Agostinho)
Fonte: O Livro dos Espíritos, livro III - capítulo 12, Perfeição Moral
"Por que reaparas no cisco que está no olho do teu irmão, quando não percebes a trave que está no teu? (Jesus - Mt, 7,3)

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

SOS VIDA

Se você tem problemas familiares,
espirituais, angústias, depressão, traumas,
compulsões, envolvimentos emocionais,
problemas com qualquer tipo de viciação
ou qualquer outro problema existencial,
a Casa do Caminho, oferece um espaço para
conversar sobre esses problemas à luz da
Doutrina Espírita e do Evangelho de Jesus.
Às quintas-feiras, das 7h45 às 9h,
funciona o SOS VIDA,
um grupo de atendimento fraterno,
sob a coordenação da Valdéia e da Salete.
NÓS PODEMOS E QUEREMOS
AJUDAR VOCÊ E SUA FAMÍLIA.

CURSO DE PASSE
A Casa do Caminho realizará nos dias 03, 10 e 17 de dezembro o Curso de Passe,
sob a coordenação do Pedro e da Glória.
As aulas serão ministradas logo após o Grupo de Estudo "Mereça Ser Feliz",
às quartas-feiras, a partir das 20h30 às 21h30.
Neste horário estava acontecendo o Curso sobre Mediunidade,
que voltará em 2009.
Portanto, não percam esta oportunidade.
A hora é agora. Mãos à obra!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

QUINZENA DO EU
Desde julho deste ano a Casa do Caminho implantou o PROJETO CRESCER (Reforma Íntima).
Os temas das palestras estão sempre de acordo com o assunto a ser trabalhado em cada quinzena do mês.
Todos os Grupos de Estudo da Casa, desde a evangelização das crianças, estão trabalhando dentro desse projeto, paralelamente aos assuntos estudados.
No 4º sábado de novembro teve início a “Quinzena do Eu”.
São quatro cartazes para cada quinzena. Abaixo podemos ler o conteúdo do primeiro cartaz. Na Casa do Caminho estão expostos para leitura pública os cartazes do PROJETO CRESCER.
Quinzena do EU - Cartaz 01
Faça uma honesta auto-avaliação.
Entre 0 e 10, que nota daria a si mesmo, na relação abaixo?
1 - Amorosidade ( )
2 - Perdão ( )
3 - Humildade ( )
4 - Convívio ( )
5 - Ética ( )
6 - Altruísmo ( )
7 - Equilíbrio ( )
8 - Alteridade ( )
9 - Responsabilidade ( )
10 - Contentamento ( )
Agora some todas as notas.
Então, qual é a nota da sua evolução espiritual?
Alteridade é o respeito que temos pelos outros, sua maneira de ser, de pensar e agir; a disposição para aceitar e aprender com os que são e pensam diferente de nós. É a construção da fraternidade apesar das divergências, respeitando-as e procurando
aprender com as diferentes opiniões.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

ÉTICA DA TRANSFORMAÇÃO

“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral (...)”
O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap. XVII – item 4

A reforma íntima é um trabalho processual. Processual significa aquilo que obedece uma seqüência. Em conceito bem claro, é a habilidade de lidar com as características da personalidade melhorando os traços que compõem suas formas de manifestação.

Caráter, temperamento, valores, vícios, hábitos e desejos são alguns desses caracteres que podem ser renovados ou aprimorados.

Nessa saga de mutação e crescimento, o maior obstáculo a transpor é o interesse pessoal, o conjunto de viciações do ego repetido durante variadas existências corporais e que cristalizaram a mente nos domínios do personalismo.
O hábito de atender incondicionalmente as imposições dos desejos e aspirações pessoais levou-nos à cruel escravização, da qual muito será exigido nos esforços reeducativos para nos libertarmos do “império do eu”.
Negar a si mesmo ou “despersonificar-se”, esvaziar-se de “si”, tirar a máscara é o objetivo maior da renovação espiritual. Esse o grande desafio a ser seguido por todos os que se comprometeram com seriedade nas nobres finalidades do Espiritismo com Jesus e Kardec.
Extenso será esse caminho reeducativo na vitória sobre nossa personalidade manhosa e talhada pelo egoísmo...
O meio mais prático e eficaz de consegui-lo, conforme ensinam os Bons Espíritos da codificação, é o conhecimento de si mesmo.

(trecho inicial do capítulo 2, do livro “Reforma Íntima Sem Martírio” – de Wanderley S. de Oliveira – pelo Espírito Ermance Dufaux)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008


NÃO PERCAM!
No próximo sábado.
Dia 29/11 – às 19h30
Apresentação de Jogral
pelos jovens do Grupo Lírios de Luz.
Em seguida, músicas serão interpretadas
pelas crianças do Grupo Raiozinho de Sol.
Todos estão convidados
!

domingo, 23 de novembro de 2008

FELICIDADE
... “o Reino de Deus não vem com aparência exterior.” – Lc 17:20

“As concepções humanas, quase sempre, interpretam felicidade como sorte ou “escolha divina” buscando-a através de “fórmulas mágicas” de imediatismo.
Diante desse quadro, torna-se imperiosa a necessidade de redefinir seu conceito à luz da espiritualidade, estudando os caminhos para readquirirmos a condição de paz da qual deliberadamente nos afastamos em milênios de experiências no terreno das aparências insufladas pelo orgulho.
Prepondera na Terra uma falsa noção de felicidade através da satisfação de carências estimuladas pelas ilusões da vida moderna, enquanto felicidade é conquista de valores inalienáveis e realização existencial.
Não basta viver, temos que existir, ser.
E auto-realização legítima nem sempre é aquilo que desejamos para nossas vidas. A cultura humana de ajustar anseios pessoais aos padrões coletivos da sociedade tem constituído campo de revolta e desânimo para muitas criaturas.”

Ermance Dufaux – Prefácio do livro “Mereça Ser Feliz”

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Por que Melindramos?
Por que nos ofendemos?
Por que somos tão suscetíveis em relação a tudo que nos cerca?
Quais as razões de encolerizarmos perante fatos desagradáveis?
Por que ficamos irritados quando somos contrariados?

Iniciemos nossas ponderações conceituando a palavra ofensa.
Existe a ofensa por razões naturais, provenientes do instinto de defesa e preservação. Ou seja, é natural nos ofendermos quando reagimos a algo que nos faça sentir lesados ou ameaçados. Contudo, larga diferença vai entre a ofensa natural e o melindre, que é a reação neurótica às ofensas.
Melindre é o estado afetivo doentio de fragilidade, que dilata a proporção e natureza das agressões que sofremos do meio. Pequenas atitudes ou delicadas situações são motivos suficientes para que o portador do melindre se agaste terrivelmente, fechando-se em corrosivo sistema de mágoa e decepção com os fatos e as pessoas que lhe foram motivo de incômodos e contrariedade.

O que está por trás da grande maioria das ofensas humanas são as contrariedades. Contrariar para a maioria das criaturas significa ser contra aquilo que se espera, ser nocivo aos planos pessoais, ser prejudicial, ser desvantajoso. Nessa ótica, tudo aquilo que não ofereça alguma vantagem na nossa forma de conceber os benefícios da vida é algo inoportuno, indevido, que não deveria ter ocorrido, gerando reações no mundo íntimo, cujos reflexos poderão ser percebidos na criação de sentimentos de pessimismo, infelicidade, desapontamento, animosidade, tristeza e rancor.

Excetuando alguns casos de educação mal orientada na infância, esse “vício de não ser contrariado” foi adquirido pelo Espírito em suas diversas reencarnações, nas quais teve todos os interesses pessoais atendidos a qualquer preço. Assim, a alma passa hoje por uma série de pequenas ou grandes situações na vida, se ofendendo e irritando com quase todas, desde que contrarie seus interesses individualistas.

Esquecer um documento, não ser correspondido em um pedido qualquer, não ter sido escolhido para assumir uma posição pretendida, todos são motivos para a irritação, o desgaste e a animosidade, podendo chegar às raias da ofensa, da mágoa e do desequilíbrio.
Uma faceta das mais comuns desse “estado de suscetibilidade” aos fatos da vida pode ser verificada na “neurose do controle”. Essa “neurose” pode ser considerada como uma maneira de se defender do “vício de não ser contrariado”.
O que importa a todos nós é o enorme trabalho de renovação no campo dos nossos interesses. Afeiçoar-se com mais devoção a aceitar as vicissitudes da vida, com resignação e paciência, fazendo o melhor que pudermos a cada dia em busca da recuperação pessoal, otimismo ante os revezes, trabalho perante as perdas, confiança e boa convivência com amigos de ideal, serviço de amor ao próximo, instrução consoladora, fé no futuro e boa dose de humildade são as medicações para ofensas e ofendidos na doença do melindre.

Leia na íntegra o capítulo 17 – Por que Melindramos?, do livro “Reforma Íntima sem Martírio” (psicografado pelo médium Wanderley S. de Oliveira – pelo Espírito Ermance Dufaux – Série Harmonia Interior)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

GRUPOS DE ESTUDOS DA CASA DO CAMINHO

ÀS SEGUNDAS-FEIRAS
14h às 15h

Grupo de Estudo do livro “O Evangelho segundo o Espiritismo”
Coordenação: Lilia
19h30 às 21h
Grupo de Estudo dos livros “O Livro dos Espíritos”, “O Livro dos Médiuns” e “Prazer de Viver” Coordenação: Pedro

ÀS QUARTAS-FEIRAS
14h às 15h
Grupo de Estudo do livro “Mereça Ser Feliz”
Coordenação: Lília
15h às 16h
Grupo de Estudo do livro “O Livro dos Espíritos”
Coordenação: Goreti
17h30 às 18h30
Grupo de Estudo do Livro “A Casa do Caminho e os Primeiros Cristãos”
Coordenação: Guerra
19h15 às 20h30
Grupo de Estudo do livro “Mereça Ser Feliz”
Coordenação: Lília
20h30 às 21h30
Grupo de Estudo sobre a Mediunidade
Coordenação: Pedro, Lília e Milton

ÀS QUINTAS-FEIRAS
19h30 às 20h30
Grupo de Estudo do livro “O Evangelho segundo o Espiritismo”
Coordenação: Célio

AOS SÁBADOS
8h30 às 10h
Grupo de Estudo do livro “Laços de Afeto”
Coordenação: Enio e Lenise
O TRABALHO PARA AUTOTRANSFORMAÇÃO
Alírio de Cerqueira Filho

Muita gente reclama que para se obter relacionamentos saudáveis com o cônjuge e os filhos na família, com os companheiros de serviço, amigos, ter uma saúde integral física e emocionalmente, é muito difícil, dá muito trabalho e que é preciso perder muito tempo refletindo, meditando sobre as próprias emoções, sobre a forma como se convive com os outros, fazendo encontros de harmonização etc. Estas pessoas dizem que não compensa tanta trabalheira, que é melhor levar a vida de uma forma mais "light", sem muita encucação. Como se diz: "a gente vai empurrando os problemas com a barriga, e vai levando a vida como puder".
Façamos uma reflexão sobre essa forma de pensar. Vamos perceber que na vida tudo é trabalho e que não há como fugir dele, sem ter graves conseqüências.
Imagine o seu prato favorito. Agora imagine-se saboreando-o no jantar logo mais à noite. Hum, que delícia! Deu até fome, não é verdade?
Para que você o tenha preparado às 19h, horário do seu jantar, você deve primeiro ir às compras no supermercado ou na feira para obter todos os ingredientes necessários, depois ir para a cozinha de modo a prepará-lo. Imagine todo o trabalho que você tem até ter aquele prato delicioso na sua frente prontinho para que você possa saboreá-lo. Você dirá: Sim, é verdade, mas eu posso mandar a minha secretária doméstica fazer as compras e prepará-lo para mim ou então eu vou a um bom restaurante e peço o meu prato favorito. Não terei trabalho algum. Sim, mas de qualquer forma alguém terá o trabalho de prepará-lo. Você apenas o remunerará por isso. No caso do preparo de suas refeições isso é possível, mas existem atividades que se tornam impossíveis de você pagar alguém para realizar para você.
Só a título de exemplo, vejamos que existem diversas atividades trabalhosas e intransferíveis que fazemos diariamente para manter a higiene do corpo e que nos tomam tempo. Faça uma soma de quanto tempo você gasta diariamente tomando banho, escovando os dentes, passando fio dental, penteando os cabelos, fazendo ginástica etc. São atividades diárias, algumas prazerosas, outras nem tanto, que não há possibilidade de você remunerar alguém para realizá-las no seu lugar. No entanto ninguém questiona a necessidade delas e as realizamos porque não queremos ter as conseqüências da sua não realização. Pense em alguém deixando de escovar os dentes 4 a 5 vezes por dia porque é chato e dá trabalho. Imagine o bafo de onça que vai ser. Depois de alguns dias nem a própria pessoa agüenta o próprio hálito e vai dar graças a Deus por alguém ter inventado um objeto chamado escova. Se formos computar, passamos muito tempo em atividades muitas vezes enfadonhas e trabalhosas, que são imprescindíveis para que possamos viver com um mínimo de saúde.
Agora voltemos ao seu prato favorito. Mesmo que você tenha remunerado alguém para prepará-lo, você ainda terá o trabalho de mastigar cada bocado para poder ingeri-lo e efetuar posteriormente a sua digestão. Mas, você decerto argumentará: comer o meu prato favorito não é trabalho algum, cada bocado é degustado com imenso prazer e alegria. Mesmo assim os seus músculos faciais trabalham bastante, posteriormente as células do seu sistema digestivo trabalharão muito para digerir cada parte do alimento.
Mas, por que você diz que mastigar a sua comida favorita não é trabalho algum? Exatamente pelo prazer que proporciona. Realmente, aquilo que nos oferece prazer não consideramos trabalho, mesmo que o seja.
Agora façamos uma reflexão em torno da saúde emocional e dos seus relacionamentos. Você ter paz, harmonia, serenidade, alegria de viver, relacionamentos interpessoais saudáveis, equilíbrio emocional etc. é algo que lhe traria prazer e felicidade? A resposta com certeza é sim. Só que aqui há um grande problema para a maioria das pessoas. Elas querem obter tudo isso sem nenhum trabalho. Queremos obter verdadeiras jóias raras sem querer pagar o preço que elas valem. Não é possível! Da mesma forma que para ter um hálito bucal agradável, devemos ter o trabalho de escovar os dentes 4 a 5 vezes ao dia, passar fio dental, ir ao dentista regularmente, dentre outros cuidados, do mesmo modo a saúde emocional somente é possível com muito esforço e trabalho da nossa parte, mesmo que inicialmente achemos esse trabalho enfadonho. É necessário utilizar o tempo em meditações, reflexões, orações, encontros de harmonização etc. Se fizermos tudo isso, certamente alcançaremos o nosso objetivo maior que é a conquista da felicidade. Essa conquista nos dará tanto prazer que, como no caso de saborear o nosso prato favorito, consideraremos o trabalho para obtê-la praticamente nenhum.
E então, vale ou não vale a pena despender tempo, trabalhar e se esforçar para obter a saúde emocional nos seus relacionamentos?
Alírio de Cerqueira Filho é autor espírita e psicoterapeuta especializado em Psicologia Transpessoal

terça-feira, 18 de novembro de 2008

CALENDÁRIO DE ORAÇÕES E VIBRAÇÕES

Diariamente os trabalhadores da Casa do Caminho fazem vibrações e oram em favor das equipes de trabalho, às 7h da manhã. Todos os trabalhadores direcionam suas vibrações e orações para uma mesma equipe, seguindo um calendário pré-estabelecido.

Para o restante do mês de novembro, a escala é a seguinte:
Dias 19/20/21 – Equipe do Passe – Coordenador: Pedro
Dias 22/23/24 – Equipe da Rádio – Coordenadora: Simonetti
Dias 25/26/27 – Equipe da Recepção – Coordenador: Ênio
Dias 28/29/30 – Equipe do Sopão – Coordenadores – Tuís e Lilian


Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes. (S. MARCOS, cap. XI, v. 24.)

Traços do Orgulho

O orgulho, em tese, é um sistema que bloqueia ou perturba a sensibilidade, porque os orgulhosos não gostam de ouvir nem mesmo a própria consciência, que se expressa no espelho do coração. Desembaciar esse espelho dos sentimentos é limpar a impureza da ilusão que distorce a auto-imagem”
No momento em que o grupo de estudo do livro “Mereça Ser Feliz” examina atentamente o capítulo 3, Estudando o Orgulho, aproveitemos a oportunidade para ampliar nossos conhecimentos a respeito deste sentimento que dilata a sensação de importância pessoal que acomete a todos nós. No livro Prazer de Viver, encontramos...
”... listemos, portanto, alguns traços pertinentes aos tarefeiros espíritas que caminham para essa tênue linha de condutas, em direção aos despenhadeiros da “insanidade aceitável” nos leitos enfermiços do orgulho, no intuito de reexaminar condutas e reeducar hábitos enquanto é tempo:

Esperam ser aceitos em quaisquer situações e não convivem bem com a crítica.
Acreditam demasiadamente em sua experiência e conhecimento supondo que nada mais necessitam aprender.
Melindram-se e criam animosidade declarada ou oculta com quem lhes propõe corrigenda.
Sentem-se com direitos especiais nas comunidades de que participam.
São incapazes de analisar a si mesmos sem arrolarem a presença das interferências espirituais, criando um mundo de idéias e imaginações desconectado de seus verdadeiros sentimentos.
Estão sempre predestinados a fundarem grandes obras de caridade com as quais se autocondecoram em alucinações de grandeza.
Muitos chegam a achar justos os tributos materiais que se lhes oferecem para compensar os sacrifícios na tarefa.
Abusam da credulidade alheia com teorias espirituais no despertamento de paixões afetivas com as quais procuram preencher suas próprias carências.
Falam excessivamente de si mesmos e raramente valorizam as experiências alheias.
Só encontram explicações para os problemas humanos com base na fenomenologia mediúnica estimulando o misticismo e a ignorância.
Submetem suas escolhas mais singelas à opinião dos guias.
Adotam rejeição sistemática a quem fuja dos padrões morais que nem eles ainda conseguiram viver para si mesmos, repetindo pela vida afora a atitude de seus educadores infantis.
Supõem-se serem indispensáveis aos projetos da causa espírita.

Façamos um exame sincero em tais condutas para não nos julgarmos ser mais do que realmente somos.”

Texto extraído do livro Prazer de Viver, capítulo19 – Traços do Orgulho – pelo Espírito Ermance Dufaux – psicografado por Wanderley S. de Oliveira – Série Harmonia Interior – Editora Dufaux – set/2008

domingo, 16 de novembro de 2008

SOS JOVEM
A Casa do Caminho inicia na próxima quinta-feira, dia 20, a partir das 7h30 até às 9h, as atividades do SOS JOVEM.
O SOS JOVEM oferecerá atendimento aos jovens que buscam superar suas dificuldades através de tratamento psicológico, fluidoterapia e assistência espiritual. Destina-se ao atendimento de jovens que buscam elucidações espíritas para os seus problemas íntimos, inclusive problemas com drogas, dificuldades existenciais e conflitos que o afligem.

O OBJETIVO
O SOS JOVEM tem como objetivo primordial orientar os jovens que o procuram, facultando-lhes uma compreensão elevada de suas dificuldades à luz da Doutrina Espírita e do Evangelho de Jesus. O atendimento psicológico é gratuito e abrange outras necessidades do ser humano. São tratados casos de depressão, crise existencial, família, etc...
Os jovens receberão orientações e esclarecimentos à luz do Espiritismo. São encorajados para o conhecimento de si mesmos e elevação de sua auto-estima, indispensável para o êxito nas lutas da vida e para o equilíbrio emocional.
A coordenação dos trabalhos será feita pela psicóloga Adriana Alvarenga e pelo conselheiro Amadeu, ambos Conselheiros em Dependência Química.
SOS JOVEM – Todas às quintas-feiras – das 7h30 às 9h
Divaldo Franco na Rede TV
A Rede TV transmite todos os domingos para todo o país, o programa Transição – A Visão Espírita para um Novo Tempo, com apresentação de Cláudia Saegusa e Djair Ribeiro e participação especial do médium Divaldo Pereira Franco, o maior divulgador da Doutrina Espírita, na atualidade. O programa é exibido das 15h às 15h30. O programa estreou em rede nacional no dia 05 de outubro deste ano e é o primeiro programa espírita exibido em rede nacional. Não perca! Confira!

sábado, 15 de novembro de 2008

ATENDIMENTO FRATERNO

O QUE É

É o atendimento que busca através do diálogo franco e fraterno oferecer à pessoa que procura a Casa Espírita a oportunidade de expor livremente, em caráter privativo, suas dificuldades.

A QUEM SE DESTINA
Destina-se ao atendimento de pessoas que buscam elucidações espíritas para os seus problemas íntimos, dificuldades existenciais, conflitos e anseios.

O OBJETIVO
O Atendimento Fraterno tem como objetivo primordial orientar as pessoas que o procuram, facultando-lhes uma compreensão elevada de suas dificuldades à luz da Doutrina Espírita e do Evangelho de Jesus, propondo-se a promover assistência aos que sofrem, fundamentando-se no Evangelho e dando cumprimento às palavras do Cristo: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" e ao "Vinde a mim, vós que estais aflitos e sobrecarregados e eu vos aliviarei”.

A ORIENTAÇÃO
As pessoas são esclarecidas e orientadas à luz do Espiritismo. São encorajadas para o conhecimento de si mesmas e elevação de sua auto-estima, indispensável para o êxito nas lutas da vida e para o equilíbrio emocional.

QUANDO FUNCIONA
Na Casa do Caminho, o Serviço de Atendimento Fraterno funciona nos seguintes dias e horários:
Segundas-Feiras
14h às 16h
Terças-Feiras
14h às 16h
Quartas-Feiras
14h às 16h e 19h30 às 21h30
Quintas-Feiras
14h às 16h e 19h30 às 20h30
Sábados
8h30 às 11h e 19h30 às 20h30

Casa do Caminho - Instituição Espírita Humberto de Campos
Rua Ary Fontenelle, 560 - Estamparia - (em frente à APAE) - Barra Mansa/RJ

quinta-feira, 13 de novembro de 2008


Programa de Bezerra de Menezes pelos
Valores Humanos no Centro Espírita

“A melhor campanha para a instauração de um novo tempo na Seara passa pela necessidade de melhoria das condições do centro espírita, que é a célula operadora do objetivo do Espiritismo. Lá sim se concretizam não só o conhecimento e o trabalho, mas a absorção das verdades no campo individual consentidas em colóquios íntimos e permanentes, que reproduzem os momentos de Jesus com seu colégio apostólico. Por isso, temos que promover as Casas, de posto de socorro e alívio a núcleo de renovação social e humana, através do incentivo ao desenvolvimento de valores éticos e nobres capazes de gerar a transformação. Para isso só há um caminho: a educação. O núcleo espiritista deve sair do patamar de templo de crenças e assumir sua feição de escola capacitadora de virtudes e formação do homem de bem, independentemente de fazer ou não com que seus transeuntes se tornem espíritas e assumam designação religiosa formal. Elaboremos um programa educacional centrado em valores humanos para dirigentes, trabalhadores, médiuns, pais, mães, jovens, velhos, e o apliquemos consentaneamente com as bases da Doutrina. Saber viver e conviver serão as metas primaciais desse programa no desenvolvimento de habilidades e competências do espírito. O que faremos para aprender a arte de amar? Como aprender a aprender? Como desenvolver afeto em grupo? Como “devolver visão a cegos, curar coxos e estropiados, limpar leprosos, expulsar demônios”? Muitos adeptos conhecem a profundidade dos mecanismos desencarnatórios à luz dos princípios espíritas, entretanto, temos constatado quantos chegam por aqui em deploráveis condições por não se imunizarem contra os padrões morais infelizes e degeneradores. A melhoria das possibilidades do centro espírita indiscutivelmente facilitará novos tempos para o pensamento espírita, haja vista que estaremos ali preparando o novo contingente de servidores da causa dentro de uma visão harmonizada com as implicações da hora presente. Dessa forma, estaremos retirando a Casa da feição de uma “ilha paradisíaca de espiritualidade”, projetando–a ao meio social e adestrando seus partícipes a superarem sua condição sem estabelecer uma realidade fictícia e onerosa, insufladora de conflitos e de medidas impositivas, longe das reais possibilidades de transformação que a criatura pode e precisa efetivar em si mesma.”
Cícero Pereira (1)

(1) Trecho extraído da mensagem “Atitude de Amor” inserida na obra “Seara Bendita” psicografada por Maria José da Costa Soares de Oliveira e Wanderley Soares de Oliveira – Diversos Espíritos – Editora Dufaux.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

ATENDIMENTO FRATERNO E RECEPÇÃO

No momento em que a Casa do Caminho realiza um curso rápido sobre Atendimento Fraterno e Recepção, no intuito de preparar novos trabalhadores para esta tarefa, aproveitamos a oportunidade para relatar um trecho do livro Prazer de Viver, pelo Espírito Ermance Dufaux, que deve ser observado e bem compreendido por todos aqueles que laboram na seara de Jesus:

“Centros espíritas, enquanto células dinamizadoras da mensagem do Cristo, preparem seus trabalhadores para aprender a conviver, a fim de não supervalorizarem técnicas e métodos que podem ritualizar as práticas e desdenhar o acolhimento humano espontâneo e educativo.
Jesus é o exemplo de espontaneidade e ternura no atendimento do ser humano integral. Essa deve ser a nossa meta, mesmo nos valendo de métodos ou regimes disciplinares para amar. Mais do que sistematizar ações sociais, cultivemos a arte de melhorar nossos hábitos no relacionamento, transformando a casa espírita em um oásis de refazimento e esperança aos corações desolados e aos cérebros sem norte. Ao implantar práticas de acolhimento e recepção sem aprender a conviver, corre-se o risco da formalização de novas filantropias atualizadas pelos conhecimentos, mas não aperfeiçoadas pela doação de si mesmos.
É lei universal: o que damos, temos. Quando damos o que detemos, apenas agimos no dever. Quando damos do que é nosso, inserimo-nos no amor”

Fonte: Livro Prazer de Viver, cap.14 – Sentimentos: Nossos Verdadeiros Guias

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

ATITUDES DE AMOR
Saara Nousiainen
Quero informar, em primeiro lugar, que este movimento vem ocorrendo desde o início deste século XXI, e dele só tomei conhecimento recentemente. Portanto, meu papel é apenas o de uma recém-chegada.
Como sempre é possível que alguém levante dúvidas sobre a autenticidade da mensagem de Bezerra de Menezes, na qual ele fala sobre o novo período do Espiritismo, prefiro não entrar no mérito dessa questão, por entender que, se ela não fosse autêntica, mereceria sê-lo; basta observar um pouco e refletir mais um tanto, para perceber a sua lógica e sentir o quanto é oportuna.
Assim, não percamos o trem da história, gastando precioso tempo com especulações, mas busquemos analisar com a mente, sentir com o coração e levantar esta bandeira, porque ela reflete as nossas mais prementes necessidades deste momento.
O movimento Atitudes de Amor não tem donos. É plural e aberto, não institucionalizado.
Sua finalidade é a propagação e aplicação de orientações procedentes do mundo espiritual, endereçadas a todos os espíritas, que certamente irão percebê-las de acordo com seus próprios conteúdos.
Muitos talvez digam que se trata de esforços inúteis. Outros, que é um “movimento paralelo” engendrado por opositores desencarnados, visando desestabilizar o movimento espírita organizado. Muitos outros assimilarão da mensagem apenas o que lhes interessa e outros tantos se manterão indiferentes.
Muitos companheiros, no entanto... realmente serão muitos os que sentirão em seus corações a verdade dessas orientações e, movidos por profundos impulsos de amor e de alegria, partirão para o trabalho, com vistas a materializar tais idéias e entendimentos nas suas vidas e atitudes, assim como nas instituições espíritas em que labutam.
Em nome dos espíritos responsáveis por este movimento, dos reencarnados já engajados e dos outros que lhe deram início, recebamos todos nós as boas-vindas ao trabalho e procuremos tornar-nos a cada dia mais fortes, mais fraternos e solidários. Isto é necessário porque qualquer mudança de paradigmas se faz acompanhar por inúmeros obstáculos (muitas vezes provocados por adversários invisíveis), por muito trabalho, muitas decepções, injustiças e ingratidão, mas também por indefiníveis júbilos.
Pela oportunidade, por mais ínfima que seja, agradecemos ao Senhor da Vida, ao Mestre Jesus e aos espíritos benfeitores, que nos permitiram e possibilitaram participar da realização deste pequeno trabalho.
Saara Nousiainen é escritora e autora de vários livros espíritas

domingo, 9 de novembro de 2008

CAMPANHA QUINZENAL

A Campanha Quinzenal é uma “oficina” contínua de crescimento interior
sugerida pelo Projeto Crescer.
A Campanha Quinzenal é composta por 8 temas,contemplando assim,
8 quinzenas, ou seja, um período de 4 meses, que pode ser repetido
indefinidamente.
A cada quinzena um tema é “trabalhado” por todos. No momento,
a Casa do Caminho está promovendo a Quinzena da Alegria e Gratidão.
Sempre que possível, as palestras realizadas todos os sábados, a partir das 19h30, são direcionadas a abordar um tema que está na pauta da Campanha Quinzenal. Isso faz com que as pessoas sejam incentivadas a se empenharem na busca de seu crescimento interior.
A importância desta campanha está em colocar em prática a vivência de determinado valor a cada quinzena, tanto para os trabalhadores da casa, quanto para os freqüentadores.
È muito importante e também necessário dar contínuo incentivo aos
trabalhadores da casa e aos freqüentadores, incluindo lembretes constantes para a vivência dos valores apresentados a cada quinzena.
A maior dificuldade em nossa evolução espiritual está em só nos lembrarmos dos nossos propósitos evolutivos DEPOIS de ter dito a palavra,
feito o gesto, desenvolvido o sentimento que não desejamos...
Por isso é importante gerar memória. Isto pode ser feito utilizando-se “lembretes”, que podem ser pequenos cartazes colocados aqui e ali... em casa, na porta da geladeira, no espelho do banheiro, no ambiente de trabalho, etc., sobre o valor que se quer desenvolver.
Também se pode escrever em uma folha de papel o valor a ser lembrado, amassando-o, colocando no bolso ou bolsa.
Assim, sempre que essa pessoa botar a mão no bolso ou bolsa, ao perceber aquele objeto estranho irá lembrar-se de adequar sua postura à atitude correspondente.
Com um pouco de criatividade fica bem mais simples e fácil.

LEMBRETE DA QUINZENA
QUINZENA DA ALEGRIA E GRATIDÃO
A pessoa agradecida cria em torno de si um ambiente positivo.
Está deprimido, irritado, revoltado?
Pense com amor na humanidade e no nosso Planeta Terra.
Agradeça ao Criador que nos dá tudo de que necessitamos para viver e evoluir.

Diz o espírito Ermance Dufaux:
“Espiritismo na cabeça é informação. No coração é transformação”
QUE É O PROJETO CRESCER
Uma cooperativa de espíritas em busca de crescimento interior

OBJETIVO DO PROJETO
Buscar e apresentar meios práticos que possam,
com maior eficiência,
ajudar as pessoas em seu crescimento interior.

COMO?
Interagindo com centros, grupos e pessoas, trocando idéias,
agregando experiências, formatando ações, eventos e sugestões
que possam ser apresentados aos interessados em evoluir espiritualmente,
construindo assim uma verdadeira cooperativa de pessoas desejosas de fazer
algo mais pelo próprio crescimento interior e também
ajudar o próximo nesse desiderato.

MEIOS
Quando falamos em MEIOS, não estamos nos referindo a estudos doutrinários
nem do evangelho, já que o mero estudo significa apenas informação.
A referência é a ações práticas que possam ser implementadas nos centros,
em grupos e mesmo em outros espaços, podendo até
prescindir do rótulo “espírita”.
Também podem ser utilizadas individualmente.
Poderão ser veiculadas em programas de rádio,
televisão, via virtual, etc.
Tais ações podem ter o formato de oficinas,
reuniões, workshops, cursos, seminários, campanhas,
fóruns, simples sugestões, exercícios, folhetos,
cartazes e muitos outros.
Para mais informações acesse: http://www.projetocrescer.org

sábado, 8 de novembro de 2008

O passeio de Sócrates


Sócrates (470-399 a.C.) foi precursor do Cristianismo e do Espiritismo. Ele percebeu que a filosofia de sua época tratava do mundo, das estrelas, de tudo, menos o que mais interessava: do homem. Buscando compreender a si mesmo, Sócrates viu a verdade e se libertou. Compreendeu a natureza moral e espiritual do homem, reconheceu a realidade e a beleza da reencarnação, percebeu que está em nossas mãos a construção de um mundo feliz, pelo esforço de cada um. A elite grega não gostou dessas idéias, que colocavam em risco seus privilégios, assim Sócrates foi obrigado a tomar cicuta. Dizem que a esposa dele achou um absurdo ele estar preso sem ter culpa alguma. A lenda conta que Sócrates a ela respondeu: “Seria verdadeiramente uma desgraça se eu estivesse preso, e tivesse culpa!”. Outra história, também impossível de saber se realmente aconteceu, diz que o filósofo adorava passear pelo mercado e observar cuidadosamente cada objeto, Quem achava estranho e perguntava o motivo daquele hábito, Sócrates respondia: “Procuro conhecer todos esses objetos para saber de quanta coisa eu não preciso”. Nada mais atual!

Fonte: Revista Universo Espírita, ed. 47 – Texto de Paulo Henrique de Figueiredo)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008


AUTO-ENCONTRO

Reproduzimos abaixo o início do capítulo primeiro do livro Psicoterapia à Luz do Evangelho de Jesus, de Alírio de Cerqueira Filho, no intuito de facilitar o entendimento a respeito da psique humana. Leitura imprescindível para quem estuda o livro "Mereça Ser Feliz" e busca o seu crescimento interior.

A busca da espiritualidade e da religiosidade, é um dos objetivos da Psicologia Transpessoal. Esta ciência visa, através dos seus pressupostos e técnicas, permitir ao indivíduo o seu auto-encontro, isto é, encontrar a sua própria Essência Divina (espiritualização) para se religar com a Consciência Cósmica Criadora da Vida (religiosidade).
As diversas abordagens psicológicas transpessoais nos relatam a existência de duas estruturas em nosso psiquismo: uma, denominada Ego e outra, denominada de variadas formas: Self, Eu Profundo, eu Superior ou a que preferimos, Ser Essencial.
O Ser Essencial é a Essência Divina amorosa que todo ser humano é, imagem e semelhança do Criador, conforme narra poeticamente a gênese bíblica e o Ego é fruto da imperfeição e ignorância que ainda existem em nós, formado por duas faces: uma evidente, caracterizada pelo desamor, e uma mascarada, criada pelo pseudo-amor.

Vejamos o que nos diz a mentora Joanna de Ângelis a esse respeito:
“O Ser Essencial é amor, no entanto,
no processo de despertamento da sua
potencialidade divina, adquire expressões
não legítimas, que passam a atormentá-lo,
já que fazem parte do processo de
maturação através de negatividades, que
são o desamor e as máscaras do Ego,
expressando-se como pseudo-amor”.

Representemos, didaticamente, a psique humana como sendo formada por três esferas concêntricas. A camada mais interna representa o Ser Essencial, permeada pela energia do amor. A intermediária e externa representam o Ego, sendo a primeira, as Negatividades do Ego, permeada pela energia de desamor, e a segunda, as Máscaras do Ego, permeada pela energia do pseudo-amor.
...Podemos dizer que o Ser Essencial é o Espírito propriamente dito, conforme vemos em O Livro dos Espíritos, questão 88:
“O Espírito é, se quiserdes, uma chama, um clarão, ou uma centelha etérea”.

O Ego é a camada de ignorância que envolve o Ser Essencial, onde ficam registradas todas as experiências equivocadas, nas quais não colocamos em prática o amor essencial. É o nosso Eu menor, inferior. É composto de duas partes: as Negatividades do Ego e as Máscaras do Ego.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008


EGO: O que é?

O estudo do livro "Mereça Ser Feliz" realizado às quartas-feiras, à noite, ministrado pela companheira Lília tem suscitado, em alguns momentos, alguma dificuldade na conceitualização do EGO, o que é natural para um grupo não-especializado em Psicologia. Sem nenhuma pretensão de encerrar a questão, modestamente apresentamos uma explicação simples e acessível a qualquer pessoa. Para quem desejar e se dispor a conhecer e estudar com mais aprofundamento questões pertinentes à Psicologia de Jung, indicamos acessar o seguinte endereço, de onde extraímos o texto abaixo:


Em seu mapa da psique, Jung encontrou dificuldade em distinguir o lugar do ego diferente do especificado por Freud. Percebeu-o como o centro da consciência, porém também sublinhou as limitações e a incompletude do ego como algo menor que a personalidade inteira. Embora o ego tenha a ver com assuntos tais como identidade pessoal, manutenção da personalidade, continuidade além do tempo, mediação entre campos conscientes e inconcscientes, conhecimento e testes da realidade, também deve ser considerado como uma instância que responde às necessidades de uma outra que lhe é superior. Esta é o SELF, o princípio ordenador da personalidade inteira. A relação do self com o ego é comparada àquela do “que move com o que é movido”.
Inicialmente o ego está fundido com o self, porém, depois, dele se diferencia. Jung descreve uma interdependência dos dois: o self possui uma visão mais holista e é, portanto, supremo, mas a função do ego é confrontar ou satisfazer às exigências dessa supremacia. O confronto entre o ego e o self foi identificado por Jung como característico da segunda metade da vida.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
DA CASA DO CAMINHO

SEGUNDA-FEIRA
14h às 15h - Grupo de Estudo: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
15h - Passe
14h às 15h30 – Assistência Fraterna
19h30 às 21h - Grupo de Estudo: “O Livro dos Médiuns” e “O Livro dos Espíritos”

TERÇA-FEIRA
8h às 9h – Projeto Colibri (aulas de tricô, crochê, sabonete, violão, etc)
14h - Grupo Lírios de Esperança – Atendimento às Gestantes
14h às 16h – Assistência Fraterna e Passe

14h30 às 15h30 – Grupo de Estudo do livro: “Evangelho Segundo o Espiritismo”

QUARTA-FEIRA
14h às 15h –Grupo de Estudo do Livro “Mereça Ser Feliz”
15h às 16h _ Grupo de Estudo: “O Livro dos Espíritos”
16h – Passe
14h às 16h – Assistência Fraterna
14h30 – Equipe de Visita ao Asilo dos Idosos
15h - Distribuição de sopa no “Galpão Chico Xavier – Servindo com Amor”
16h30 - Ensaio do Coral “Unidos pelo Amor”
17h30 às 18h30 – Grupo de Estudo do livro: “A Casa do Caminho e os primeiros cristãos”
19h15 – Grupo de Estudo do Livro: “Mereça Ser Feliz”
20h30 – Grupo de Estudo sobre “Mediunidade”
21h30 - Passe
19h30 às 21h30 – Assistência Fraterna

QUINTA-FEIRA
7h45 às 9h – “SOS VIDA”
14h – Passe de Cura “Grupo Irmã Sheylla”
19h30 às 20h30 – Grupo de Estudo: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
20h30 – Passe
19h30 às 20h30 – Assistência Fraterna

SÁBADO
8h30 às 10h – Grupo Raiozinho de Sol (crianças de 4 a 12 anos) “Lacinhos de Afeto”
8h30 às 10h – Grupo de Estudo do Livro “Laços de Afeto”
10h às 11h30 – Grupo Lírios de Luz (jovens a partir de 13 anos)
19h30 às 20h30 – Palestra
20h30 – Passe
19h30 às 20h30 – Assistência Fraterna

DOMINGO
9h – “Culto cristão no Lar”

terça-feira, 4 de novembro de 2008



IMPERMANÊNCIA

Aprenda a valorizar as pequenas e as grandes coisas da vida e deixe de lado emoções e situações prejudiciais ao seu desenvolvimento pessoal

Por Cristina Helena Sarraf / jornalcem@yahoo.com.br

Convivemos com duas verdades opostas e complementares: a eternidade do Espírito e a temporariedade ou impermanência da matéria. Essa dualidade, cujo fiel da balança dá o equilíbrio, sempre pende para um dos lados. Geralmente, é a impermanência que prevalece, porque a matéria ainda nos “domina”.
Viver no equilíbrio é uma primazia dos Espíritos mais evoluídos. Nós... bem, podemos buscar a harmonia entre o que é para sempre e o que é temporário. Quando conquistamos esse equilíbrio, sentimos um bem-estar indizível. Mas logo voltamos a querer que coisas e situações materiais sejam permanentes. E disso resulta a dor.
Tudo que é material tem um tempo de vida útil, desde os objetos, passando pelo nosso corpo, até os vínculos afetivos. Os bons sentimentos permanecem, é claro, mas mudam as relações. Se hoje somos cônjuges, por exemplo, em outra existência podemos ser mãe e filho, irmãos ou até mesmo amigos. Tudo é mutável. Só em nossa essência espiritual somos eternos, embora em transformação comportamental.

MUDAR É EVOLUIR
Uma boa estratégia é encarar a impermanência não como uma perda e dor, mas como algo natural. Exercitemo-nos a ver a vida e as situações pelas quais passamos como transitórias. Assim, não foi por azar que se fogão enferrujou, que seu amigo mudou de cidade, que um parente morreu, que você não tem a mesma energia de antes. Foi apenas porque tudo que é material é impermanente.
Veja que seu entendimento das coisas, suas atividades, relações, gostos, mudaram. Claro que a Lei da Evolução trabalha sem cessar, e o faz também por meio da efemeridade da matéria, num processo educacional divino de alta eficiência. Se ninguém morresse, se nada estragasse e todas as relações fossem estáveis, seria impossível sairmos da situação em que nos encontramos, Mas, nada sendo realmente estável, isso nos impele a participar das modificações, querendo ou não.

SENTIMENTOS NOCIVOS
A sabedoria está em aceitar e até mesmo desfrutar isso. O tempo que você passa parado no congestionamento é efêmero, começa e termina. Pensar assim, facilita viver esses momentos desagradáveis. Ao contrário, sem o pensamento da impermanência, levantamos da cama lembrando do trânsito que iremos enfrentar, e alimentamos durante todo o dia uma insatisfação, vinda disso.
Só que o descontentamento, a irritação, a depressão são emoções que produzem uma série de substâncias nocivas ao organismo. Isso significa que podemos estar “envenenando” nosso corpo, e no futuro, virão as disfunções e as doenças.
Colocando a impermanência em nossas reflexões, livramo-nos desses vícios emocionais, não nos agarramos a nada, encarando tudo como passageiro, temporário.
A conversa difícil com aquela pessoa agressiva, não vai mais me desgastar. Fico lembrando que a situação é transitória, logo acaba. Depois, “viro a página” e me ocupo com algo melhor.

SOB UM NOVO PRISMA
Adoto a seguinte postura: “Que dia maravilhoso! Como é bom viver”. Hoje venta, amanhã faz frio, depois volta o Sol e o calor.
O dinheiro acabou porque é impermanente. Não adianta sofrer por causa disso, até porque “envenena o corpo”. E nesse caso,o próximo dinheiro terá que ser utilizado para pagar um tratamento. É melhor preocupar-se menos e viver mais!
Se o gás acabou bem na hora que você ia preparar aquela lasanha, não tem problema, faça uma salada...
Meu intuito é ajudar na libertação dos condicionamentos ilusórios, causas de sofrimento, e promover uma reinterpretação da vida, com base na forma como ela funciona.
Este texto está chegando ao fim. O fluir das idéias aconteceu e acabou. Argumentar mais é querer manter algo que já não é preciso, porque a impermanência foi bem apresentada.
Se você guardar essa idéia, vai encontrar milhares de oportunidades para aplicá-la na prática. Até corporificar a certeza de que tudo que for material é impermanente. Quando esse conceito fizer parte de sua natureza, você certamente será muito mais alegre, realizado e feliz!

CRISTINA HELENA SARRAF é educadora, palestrante e ministra cursos baseados nos princípios do Espiritismo. Edita o jornal do Núcleo Espírita de Iniciativas Doutrinárias, CEM, fundado por ela há 25 anos (www.geocities.com/jornalcem)
Autodescobrimento
Autor: Joanna de Ângelis (espírito)

Muito antes da valiosa contribuição dos psiquiatras e psicólogos humanistas e transpessoais, quais Jubler Ross, Grof, Raymond Moody Júnior, Maslow, Tart, Viktor Frankl, Coleman e outros, que colocaram a alma como base dos fenômenos humanos, a psicologia espírita demonstrou que, sem uma visão espiritual da existência física, a própria vida permaneceria sem sentido ou significado.

O reducionismo, em psicologia, torna o ser humano um amontoado de células sob o comando do sistema nervoso central, vitimado pelos fatores da hereditariedade e pelos caprichos aberrantes do acaso. A saúde e a doença, a felicidade e a desdita, a genialidade e as patologias mentais, limitadoras e cruéis, não passam de ocorrências estúpidas da eventualidade genética.

Assim considerado, o ser humano começaria na concepção e anular-se-ia na morte, um período muito breve para o trabalho que a Natureza aplicou mais de dois bilhões de anos, aglutinando e aprimorando moléculas, que se transformaram em um código biológico fatalista...

Por outro lado, a engenharia genética atual, aliando-se à biologia molecular, começa a detectar a energia como fator causal para a construção do indivíduo, que passa a ser herdeiro de si mesmo, nos avançados processos das experiências da evolução.

Os conceitos materialistas, desse modo, aferrados ao mecanismo fatalista, cedem lugar a uma concepção espiritualista para a criatura humana, libertando-a das paixões animais e dos atavismos que ainda lhe são predominantes.Inegavelmente, Freud e Jung ensejaram uma visão mais profunda do ser humano com a descoberta e estudo do inconsciente, assim como dos arquétipos, respectivamente, constatando a realidade do Espírito, como explicação para os comportamentos variados dos diferentes indivíduos que, procedentes da mesma árvore genética, apresentam-se fisiológica e psicologicamente opostos, bem e mal dotados, com equipamentos de saúde e de desconserto.

Não nos atrevemos a negar os fatores hereditários, sociais e familiares na formação da personalidade da criança. No entanto, adimos que eles decorrem de necessidades da evolução, que impõem a reencarnação no lugar adequado, entre aqueles que propiciam os recursos compatíveis para o trabalho de auto-iluminação, de crescimento interior.

O lar exerce, sem qualquer dúvida, como ocorre com o ambiente social, significativa influência no ser, cujos ônus serão o equilíbrio ou a desordem moral, a harmonia física ou psíquica correspondente ao estágio evolutivo no qual se encontra.

A necessidade, portanto, do auto descobrimento, em uma panorâmica racional torna-se inadiável, a fim de favorecer a recuperação, quando em estado de desarmonia, ou o crescimento, se portador de valores intrínsecos latentes. Enquanto não se conscientize das próprias possibilidades, o indivíduo aturde-se em conflitos de natureza destrutiva, ou foge espetacularmente para estados depressivos, mergulhando em psicoses de vária ordem, que o dominam e inviabilizam a sua evolução, pelo menos momentaneamente.

A experiência do auto descobrimento faculta-lhe identificar os limites e as dependências, as aspirações verdadeiras e as falsas, os embustes do ego e as imposturas da ilusão.

Remanescem-lhe no comportamento, como herança dos patamares já vencidos pela evolução, a dualidade do negativismo e do positivismo diante das decisões a tomar.

Não identificado com os propósitos da finalidade superior da Vida, quando convidado à libertação dos vícios e paixões perturbadores, das aflições e tendências destrutivas, essa dualidade do negativo e do positivo desenha-se-lhe no pensamento, dificultando-lhe a decisão.

É comum, então, o assalto mental pela dúvida: Isto ou aquilo? A definição faz-se com insegurança e o investimento para a execução do propósito novo diminui ou desaparece face às contínuas incertezas.

Fazem-se imprescindíveis alguns requisitos para que seja logrado o auto descobrimento com a finalidade de bem-estar e de logros plenos, a saber: insatisfação pelo que se é, ou se possui, ou como se encontra; desejo sincero de mudança; persistência no tentame; disposição para aceitar-se e vencer-se; capacidade para crescer emocionalmente.

Porque se desconhece, vitimado por heranças ancestrais - de outras reencarnações -, de castrações domésticas, de fobias que prevalecem da infância, pela falta de amadurecimento psicológico e outros, o indivíduo permanece fragilizado, suscetível aos estímulos negativos, por falta de auto-estima, do auto-respeito, dominado pelos complexos de inferioridade e pela timidez, refugiando-se na insegurança e padecendo aflições perfeitamente superáveis, que lhe cumpre ultrapassar mediante cuidadoso programa de discernimento dos objetivos da vida e pelo empenho em vivenciá-lo.

Inadvertidamente ou por comodidade, a maioria das pessoas aceita e submete-se ao que poderia mudar a benefício próprio, auto punindo-se, e acreditando merecer o sofrimento e a infelicidade com que se vê a braços, quando o propósito da Divindade para com as suas criaturas é a plenitude, é a perfeição.Dominado pela conduta infantil dos prêmios e dos castigos, o indivíduo não amadurece o eu profundo, continuando sob o jugo dos caprichos do ego, confundindo resignação com indiferença pela própria realização da ocorrência - dor sem revolta, porém atuando para erradicá-la.

Liberando-se das imagens errôneas a respeito da vida, o ser deve assumir a realidade do processo da evolução e vencer-se, superando os fatores de perturbação e de destruição.

Ao apresentarmos o nosso livro aos interessados na decifração de si mesmos, tentamos colocar pontes entre os mecanismos das psicologias humanista e transpessoal com a Doutrina Espírita, que as ilumina e completa, assim cooperando de alguma forma com aqueles que se empenham na busca interior, no auto descobrimento.

Não nos facultamos a ilusão de considerar o nosso trabalho mais do que um simples ensaio sobre o assunto, com um elenco amplo de temas coligidos no pensamento dos eméritos da alma e com a nossa contribuição pessoal.

Uma fagulha pode atear um incêndio.
Um fascículo de luz abre brecha na treva.
Uma gota de bálsamo suaviza a aflição.
Uma palavra sábia guia uma vida.
Um gesto de amor inspira esperança e doa paz.

Esta é uma pequena contribuição que dirigimos aos que sinceramente se buscam, tendo Jesus como Modelo e Terapeuta Superior para os problemas do corpo, da mente e do espírito.
Rogando escusas pela sua singeleza, permanecemos confiantes nos resultados felizes daqueles que tentarem o auto descobrimento, avançando em paz.

Salvador, 30 de novembro de 1994.

Livro: Autodescobrimento: uma busca interior.
Psicografia do médium Divaldo Franco

segunda-feira, 3 de novembro de 2008



Humberto de Campos
1886 - 1934

Humberto de Campos nasceu em 1886, na pequena localidade de Miritiba, no Maranhão.

Foi menino pobre. Estudou com esforço e sacrifício. Ficou órfão de pai aos 5 anos de idade. Sua infância foi marcada pela miséria. Em "Memórias", ele conta alguns episódios que lhe deixaram sulcos profundos na alma.
Tempo depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, então Capital da República, onde se tornou famoso. Brilhante jornalista e cronista perfeito, suas páginas foram "colunas" em todos os jornais importantes do País.
Dedicou-se inteiramente à arte de escrever, e por isso eram parcos os recursos financeiros. A certa altura da sua vida, quando minguadas se fizeram as economias, teve a idéia de mudar de estilo.
Adotando o pseudônimo de Conselheiro XX, escreveu uma crônica chistosa a respeito da figura eminente da época - Medeiros e Albuquerque-, que se tornou assim motivo de riso, da zombaria e da chacota dos cariocas por vários dias.
O Conselheiro, sibilino e mordaz, feriu fundo o orgulho e a vaidade de Medeiros, colocando na boca do povo os argumentos que todos desejavam assacar contra Albuquerque. O sucesso foi total.
Tendo feito, por experiência, aquela crônica, de um momento para outro se viu na contingência de manter o estilo e escrever mais, pois seus leitores multiplicaram, chovendo cartas às redações dos jornais, solicitando novas matérias do Conselheiro XX.
Além de manter o estilo, Humberto se foi aprofundando no mesmo, tornando-se para alguns, na época, quase imortal, saciando o paladar de toda uma mentalidade que desejava mais liberdade de expressão e mais explicitude na abordagem dos problemas humanos e sociais. Quando adoeceu, modificou completamente o estilo. Sepultou o Conselheiro XX, e das cinzas, qual Fênix luminosa, nasceu outro Humberto, cheio de piedade, compreensão e entendimento para com as fraquezas e sofrimentos do seu semelhante.
A alma sofredora do País buscou avidamente Humberto de Campos e dele recebeu consolação e esperança. Eram cartas de dor e desespero que chegavam às suas mãos, pedindo socorro e auxílio. E ele, tocado nas fibras mais sensíveis do coração, a todas respondia, em crônicas, pelos jornais, atingindo milhares de leitores em circunstâncias idênticas de provações e lágrimas.
Fez-se amado por todo o Brasil, especialmente na Bahia e São Paulo. Seus padecimentos, contudo, aumentavam dia-a-dia. Parcialmente cego e submetendo-se a várias cirurgias, morando em pensão, sem o calor da família, sua vida era, em si mesma, um quadro de dor e sofrimento. Não desesperava, porém, e continuava escrevendo para consolo de muitos corações.
A 5 de dezembro de 1934, desencarnou. Partiu levando da Terra amargas decepções. Jamais o Maranhão, sua terra natal, o aceitou. Seus conterrâneos chegaram mesmo a hostilizá-lo. Três meses apenas de desencarnado, retornou do Além, através do jovem médium Chico Xavier, este, com 24 anos de idade somente, e começou a escrever, sacudindo o País inteiro com suas crônicas de além-túmulo.
O fato abalou a opinião pública. Os jornais do Rio de Janeiro e outros estados estamparam suas mensagens, despertando a atenção de toda gente. Os jornaleiros gritavam. Extra, extra! Mensagens de Humberto de Campos, depois de morto! E o povo lia com sofreguidão... Agripino Grieco e outros críticos literários famosos examinaram atenciosamente a produção de Humberto, agora no Além. E atestaram a autenticidade do estilo. "Só podia ser Humberto de Campos!" - afirmaram eles.
Começou então uma fase nova para o Espiritismo no Brasil. Chico Xavier e a Federação Espírita Brasileira ganharam notoriedade. Vários livros foram publicados.
Aconteceu o inesperado. Os familiares de Humberto moveram uma ação judicial contra a FEB, exigindo os direitos autorais do morto!
Tal foi a celeuma, que o histórico de tudo isto está hoje registrado num livro cujo título é "A Psicografia ante os Tribunais", escrito por Dr. Miguel Timponi.
A Federação ganhou a causa. Humberto, constrangido, ausentou-se por largo período e, quando retornou a escrever, usou o pseudônimo de Irmão X.
Nas duas fases do Além, grafou 12 obras pelo médium Chico Xavier.
"Crônicas de Além-Túmulo", "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", "Boa Nova", "Novas Mensagens", "Luz Acima", "Contos e Apólogos" e outros foram livros que escreveu para deleite de muitas almas.
Nas primeiras mensagens temos um Humberto bem humano, com características próprias do intelectual do mundo. Logo depois, ele se vai espiritualizando, sutilizando as idéias e expressões, tornando-se então o escritor espiritual predileto de milhares.
Os que lerem suas obras de antes, e de depois, de morto, poderão constatar a realidade do fenômeno espírita e a autenticidade da mediunidade de Chico Xavier.
O mesmo estilo, a mesma inspiração!

Fonte: Revista REFLEXÕES edição n.º 5 - Maio de 1999 - Fernandópolis - SP - Brasil