terça-feira, 4 de novembro de 2008



IMPERMANÊNCIA

Aprenda a valorizar as pequenas e as grandes coisas da vida e deixe de lado emoções e situações prejudiciais ao seu desenvolvimento pessoal

Por Cristina Helena Sarraf / jornalcem@yahoo.com.br

Convivemos com duas verdades opostas e complementares: a eternidade do Espírito e a temporariedade ou impermanência da matéria. Essa dualidade, cujo fiel da balança dá o equilíbrio, sempre pende para um dos lados. Geralmente, é a impermanência que prevalece, porque a matéria ainda nos “domina”.
Viver no equilíbrio é uma primazia dos Espíritos mais evoluídos. Nós... bem, podemos buscar a harmonia entre o que é para sempre e o que é temporário. Quando conquistamos esse equilíbrio, sentimos um bem-estar indizível. Mas logo voltamos a querer que coisas e situações materiais sejam permanentes. E disso resulta a dor.
Tudo que é material tem um tempo de vida útil, desde os objetos, passando pelo nosso corpo, até os vínculos afetivos. Os bons sentimentos permanecem, é claro, mas mudam as relações. Se hoje somos cônjuges, por exemplo, em outra existência podemos ser mãe e filho, irmãos ou até mesmo amigos. Tudo é mutável. Só em nossa essência espiritual somos eternos, embora em transformação comportamental.

MUDAR É EVOLUIR
Uma boa estratégia é encarar a impermanência não como uma perda e dor, mas como algo natural. Exercitemo-nos a ver a vida e as situações pelas quais passamos como transitórias. Assim, não foi por azar que se fogão enferrujou, que seu amigo mudou de cidade, que um parente morreu, que você não tem a mesma energia de antes. Foi apenas porque tudo que é material é impermanente.
Veja que seu entendimento das coisas, suas atividades, relações, gostos, mudaram. Claro que a Lei da Evolução trabalha sem cessar, e o faz também por meio da efemeridade da matéria, num processo educacional divino de alta eficiência. Se ninguém morresse, se nada estragasse e todas as relações fossem estáveis, seria impossível sairmos da situação em que nos encontramos, Mas, nada sendo realmente estável, isso nos impele a participar das modificações, querendo ou não.

SENTIMENTOS NOCIVOS
A sabedoria está em aceitar e até mesmo desfrutar isso. O tempo que você passa parado no congestionamento é efêmero, começa e termina. Pensar assim, facilita viver esses momentos desagradáveis. Ao contrário, sem o pensamento da impermanência, levantamos da cama lembrando do trânsito que iremos enfrentar, e alimentamos durante todo o dia uma insatisfação, vinda disso.
Só que o descontentamento, a irritação, a depressão são emoções que produzem uma série de substâncias nocivas ao organismo. Isso significa que podemos estar “envenenando” nosso corpo, e no futuro, virão as disfunções e as doenças.
Colocando a impermanência em nossas reflexões, livramo-nos desses vícios emocionais, não nos agarramos a nada, encarando tudo como passageiro, temporário.
A conversa difícil com aquela pessoa agressiva, não vai mais me desgastar. Fico lembrando que a situação é transitória, logo acaba. Depois, “viro a página” e me ocupo com algo melhor.

SOB UM NOVO PRISMA
Adoto a seguinte postura: “Que dia maravilhoso! Como é bom viver”. Hoje venta, amanhã faz frio, depois volta o Sol e o calor.
O dinheiro acabou porque é impermanente. Não adianta sofrer por causa disso, até porque “envenena o corpo”. E nesse caso,o próximo dinheiro terá que ser utilizado para pagar um tratamento. É melhor preocupar-se menos e viver mais!
Se o gás acabou bem na hora que você ia preparar aquela lasanha, não tem problema, faça uma salada...
Meu intuito é ajudar na libertação dos condicionamentos ilusórios, causas de sofrimento, e promover uma reinterpretação da vida, com base na forma como ela funciona.
Este texto está chegando ao fim. O fluir das idéias aconteceu e acabou. Argumentar mais é querer manter algo que já não é preciso, porque a impermanência foi bem apresentada.
Se você guardar essa idéia, vai encontrar milhares de oportunidades para aplicá-la na prática. Até corporificar a certeza de que tudo que for material é impermanente. Quando esse conceito fizer parte de sua natureza, você certamente será muito mais alegre, realizado e feliz!

CRISTINA HELENA SARRAF é educadora, palestrante e ministra cursos baseados nos princípios do Espiritismo. Edita o jornal do Núcleo Espírita de Iniciativas Doutrinárias, CEM, fundado por ela há 25 anos (www.geocities.com/jornalcem)

Um comentário:

DANYELLY disse...

NÃO ESTOU CONSEGUINDO POSTAR A POESIA,COMO DISSE QUE FARIA.
POR ISSO,RESOLVI ESCRÊ-LA AQUI.

SEMPRE AVANTE!

QUANDO EM SEU CAMINHO
uMA DIFICULDADE SURGIR
MANTENHA SEUS PASSOS FIRMES
NUNCA PENSE EM DESISTIR.

SE POR ACASO CHEGAR A CAIR
APRESSE-SE EM LEVANTAR
NÃO SE OCUPE COM A TRISTEZA
COMECE A TRABALHAR.

CAIR É NECESSÁRIO
NA BUSCA DA FELICIDADE
ALÉM DISSO É MUITO ÚTIL
PARA DESENVOLVER A HUMILDADE.

A DIFICULDADE É UM RECURSO DA VIDA
PARA TESTAR A SUA RESISTÊNCIA
E VOCÊ CONSEGUE VENCÊ-LA
SE TIVER MUITA PERSITÊNCIA.

COM ESFORÇO E DETERMINAÇÃO
CONSEGUIRÁS ENTÃO VENCER,
E MAIS DO QUE ISSO:
O SOFRIMENTO LHE FARÁ CRESCER.

NÃO SE ESQUEÇAM MEUS AMIGOS
DE SEGUIR SEMPRE ADIANTE
POIS A BANDEIRA DO SUCESSO
TEM O LEMA:SEMPRE AVANTE!